CORONAVÍRUS: Universidades Federais realizam projetos para respiradores artificiais

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), assim como a Universidade de São Paulo (USP) estão engajadas com a saúde pública nesse período de pandemia que o Brasil está enfrentando. Mesmo que tenham sido cerne de declarações do Ministro da Educação, Abraham Weitraub (ver aqui), e com todos os cortes sofridos na área de pesquisa, as universidade públicas brasileiras estão dando respostas rápidas para projetos de desenvolvimento de respiradores mecânicos e artificiais de baixo custo.

A UFSM está com os professores João Carlos Lima, Benhur Stein, Celio Trois e João Vicente Ferreira (todos do Centro de Tecnologia) e os médicos Marcos Tassinari e Odilon Vianna atuando em três frentes de trabalho para recuperar, adaptar e desenvolver respiradores artificiais de baixo custo para Santa Maria. Os pesquisadores já têm dois protótipos em fase de testes: BalAir I e BalAir II. Eles integram as frentes de adaptação e desenvolvimento de respiradores. Isso é, o BalAir I é a adaptação de um respirador mecânico – quando um profissional de saúde fica pressionando continuamente uma espécie de balão com ar para o pulmão do paciente – para um respirador artificial. Já o BalAir II é a criação de um respirador de baixo custo, mais simples que os disponíveis comercialmente, mas que possam ser usados no tratamento de pacientes com dificuldades respiratórias causadas pelo Coronavírus.

A parte de recuperação dos aparelhos também está em testes, já que, na cidade, existe apenas um profissional de referência que atua na manutenção de respiradores, o que faz com que muitos aparelhos entrem em desuso, mesmo tendo conserto. A proposta do grupo é buscar respiradores antigos e em desuso, testá-los e enviá-los para manutenção, para que possam ser colocados à disposição da comunidade.

Já na USP, um projeto em fase avançada vai permitir que empresas credenciadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária montem os respiradores mecânicos ao custo de R$ 1 mil. Um respirador convencional não sai por menos de R$ 15 mil. O engenheiro Raul Gonzales Lima, coordenador do grupo, disse que o projeto, por suas características, vai permitir a construção de “alguns milhares” de ventiladores a partir de três semanas. Com isso, em cinco semanas será possível ter à disposição do Sistema Único de Saúde (SUS) milhares desses equipamentos.

O Coronavírus, já matou, no mundo todo 33 mil pessoas. No Brasil, são 136 mortes e mais de 4.200 casos confirmados. Em Santa Maria, são 7 o número de casos confirmados, até o dia 29 de março, conforme o levantamento da prefeitura. 

Com informações do site da UFSM e do SUL 21.

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