Hoje é o Dia Internacional da Mulher, data que mulheres do país todo deveriam celebrar conquistas sociais, políticas e econômicas ao longo dos anos. Porém, sabe-se que nos últimos anos, a luta pelas conquistas femininas está longe do fim. Isso porque, antes mesmo de Bolsonaro assumir o poder, as mulheres já ocupavam as ruas contra a tragédia que seu projeto representava para a vida do povo brasileiro.
Abaixo, você confere um trecho retirado do facebook da Comissão do ato 8M, em Santa Maria, do porque é necessário lutar ‘pela vida das mulheres e Bolsonaro nunca mais’:
“A luta pela derrubada de Bolsonaro do poder é uma luta necessariamente feminista, anti-imperialista, anticapitalista, democrática, antirracista e anti-LGBTQIA+fóbica. É uma luta em defesa da vida das mulheres, contra a fome, a carestia, a violência, pela saúde, pelos direitos sexuais, direitos reprodutivos e pela justiça reprodutiva. É uma luta em defesa do SUS e dos serviços públicos, gratuitos e de qualidade. É uma luta com a maioria que tem sofrido com a fome, com a perda de seus entes queridos, com a violência e com o desemprego.”
No dia 8 de março, lute pela vida das mulheres, na Praça Saldanha Marinho, a partir das 17h, em Santa Maria e em várias partes do país!
E nos diga: O que podemos fazer para melhorar a vida das mulheres este ano, no nosso país?
Origem da data
O Dia Internacional da Mulher foi oficializado em 1921. Mas o marco oficial para a escolha do dia 8 de março foi uma manifestação das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho, acontecimento que data de 8 de março de 1917.
Mas, a luta das mulheres por melhores condições de vida e trabalho começou a partir do final do século XIX, principalmente na Europa e nos Estados Unidos.
As jornadas de trabalho de 15 horas diárias, os baixos salários e a discriminação de gênero eram alguns dos pontos que eram debatidos pelas manifestantes da época.
De acordo com registros históricos, o primeiro Dia da Mulher foi celebrado nos Estados Unidos em maio de 1908, onde mais de 1.500 mulheres se uniram em prol da igualdade política e econômica no país.
Em agosto de 1910, a jornalista e política feminista Clara Zetkin propôs a realização anual de uma jornada pela igualdade de direitos das mulheres, sem uma data específica.
Na verdade, vários acontecimentos levaram à criação de um dia especial para as mulheres. Um deles foi o incêndio numa fábrica de camisas em Nova York, ocorrido em 25 de março de 1911, que mataria 146 pessoas, das quais 129 eram mulheres. O número de vítimas se explica pelas péssimas condições de trabalho e porque uma porta estava fechada para impedir a fuga das trabalhadoras.
Na década de 60, na sequência de notícias publicadas em jornais alemães e franceses foi criado o mito de uma suposta greve que teria ocorrido em 8 de março de 1857, em Nova York. Mas, essa greve não aconteceu.
Com as transformações trazidas com a Segunda Revolução Industrial e, após a manifestação das mulheres russas, que determinaria a escolha do dia 8 de março, as fábricas incorporaram as mulheres como mão de obra barata. No entanto, devido às condições insalubres de trabalho, os protestos eram frequentes.
Também nas primeiras décadas do século, as mulheres começam a lutar pelo direito ao voto e à participação política. Apesar disso, por muito tempo, a data foi esquecida e acabou sendo recuperada somente com o movimento feminista nos anos 60.
Atualmente o Dia Internacional da Mulher ainda continua servindo como conscientização para evitar as desigualdades de gênero em todas as sociedades e a manutenção constante da luta pelo direito e vida das mulheres.