Os docentes do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria, campus Palmeira das Missões, Gianfábio Pimentel Franco, Leila Hildebrandt, Andressa da Silveira e Fernanda Beheregaray Cabral, do Departamento de Ciências da Saúde, divulgaram na última terça-feira (26), o texto “A (r)evolução da ciência e a participação social no contexto da pandemia de Covid-19″.
O objetivo da reflexão é debater sobre a ciência como protagonismo científico para evitar a disseminação das informações distorcidas, entre elas, as fake news (notícias falsas), principalmente durante a pandemia do novo coronavírus.
“Nossa reflexão vislumbra sensibilizar os estudantes, docentes, os e as TAEs e a comunidade sobre a necessidade de manutenção das estratégias de enfrentamento adotadas pelas autoridades em geral, para evitar a disseminação e o crescimento exponencial da pandemia do novo Coronavírus (SARS-CoV-2)”, afirmam os pesquisadores.
No texto, os autores destacam que a pandemia ainda ocorre de forma aguda e acelerada e reforçam a necessidade de manter o isolamento e o distanciamento social, evitando as aglomerações, o uso de máscara, lavagem constante das mãos e uso de álcool gel 70%.
“Diante do caos de vivenciar o distanciamento necessário para evitar o contágio do vírus, e pelo número alarmante de vidas que foram ceifadas nesta pandemia, com um grande número de pessoas contaminadas (mais de 8 milhões) e milhares de óbitos provocados (acima de 217 mil), o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking de contaminados. Uma tragédia anunciada, mesmo com o índice de pacientes recuperados (mais de 7 milhões), cotidianamente a mídia tem evidenciado as fragilidades dos serviços de saúde e a necessidade de medidas mais rígidas para evitar o caos nos serviços e dos profissionais de saúde”, ressaltam.
Outros aspectos levantados pelos docentes são a segunda onda da pandemia, o desgaste físico e emocional dos profissionais de saúde e as taxas de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) diante do cenário nacional da pandemia. Por isso, os profissionais da saúde defendem a necessidade das instituições em manterem suas ações a partir da utilização de ferramentas disponíveis na Web para diminuir o contato presencial e dão o exemplo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que adotou, desde março de 2020, o ensino na modalidade REDE (Regime de Exercícios Domiciliares Especiais).
“O corpo docente, técnicos e diversas esferas da Universidade promoveram espaços assíncronos para que docentes e estudantes pudessem desenvolver as atividades de ensino de modo remoto. Tal desafio exige comprometimento, responsabilidade, organização e paciência, assim como o reconhecimento de que as medidas que restringem o contato presencial se configuram como a melhor estratégia para que a segunda onda da pandemia seja controlada”, afirmam.
Para os pesquisadores, o ano de 2021 inicia com perspectivas positivas, sinalizando com o início do processo de vacinação, primeiramente aos grupos de risco e, em seguida à população em geral, incluindo, por exemplo, os docentes, técnico administrativos(as) em educação e estudantes da UFSM que, após a elaboração de um rigoroso plano com normas de biossegurança, deverão retornar com segurança para as atividades presenciais na instituição.
Apesar da vacina já ter chegado ao Brasil, os docentes afirmam que a vacinação em massa deverá demorar.
“Ressalta-se ainda, que embora a vacina já esteja sendo distribuída no Brasil, ainda é prematuro afirmar que todas as pessoas serão imunizadas, visto a necessidade de se atingir aproximadamente 105 milhões de doses para alcançar cerca de 70% da população brasileira”.
Confira o texto na íntegra: A (r)evolução da ciência e a participação social no contexto da pandemia de Covid-19
Relembre também como foi a Reunião Aberta sobre um possível retorno à presencialidade, que aconteceu ainda em janeiro, no dia 22, clique aqui.
Texto: Assessoria de Comunicação UFSM-PM
Edição: Assessoria de Comunicação da Assufsm