Na noite de quarta-feira (16), a Assufsm participou da Audiência Pública na Câmara de Vereadores de Santa Maria, chamada pela Comissão de Políticas Públicas, Assuntos Regionais e Distritais. A Audiência aconteceu de maneira hibrida (presencial e online) e contou com a presença da Coordenadora Geral da Assufsm Loiva Chansis, do Diretor da CUT Regional Centro Eloiz Cristino, do Primeiro Tesoureiro da Sedufsm Leonardo Botega, do Representante do DCE-UFSM Luiz Boneti e do Vereador Getúlio de Vargas (Republicanos), que juntos da Vereadora Helen Cabral (PT), compuseram a mesa.
Com o objetivo de debater sobre a Reforma Administrativa, a PEC 32, a audiência foi chamada. De acordo com a Coordenadora Geral do Sindicato, a pauta não é meramente corporativa mas que, acima de tudo, é uma pauta que representará a morte do serviço público.
“Defendo a estabilidade no serviço público e destaco que essa garantia dificulta a corrupção e permite que numa universidade, por exemplo, não importe a classe social para que todas e todos sejam atendidos da mesma forma. A reforma administrativa é a destruição do Estado”, afirma Loiva.
O destaque do Diretor da CUT, Eloiz Cristino se refere aos salários dos e das trabalhadoras públicas estaduais e federais, que estão congelados por anos.
“A reforma administrativa, não é uma pauta corporativa, ela fere o estado de direito social da população”, manifesta-se Eloiz.
Além de Loiva e Eloiz, também se manifestou o professor da UFSM Leonardo Botega, primeiro tesoureiro da Sedufsm. Para ele, a reforma administrativa proposta vai na contramão do resto do mundo.
“Este é um país em que nunca tivemos um Estado de bem-estar social, como a gente vê em outros países. Questiono o que seria do país que, hoje, registra em torno de meio milhão de mortos decorrentes da Covid-19. O que seria da pandemia sem o serviço público?”, salienta Botega.
O membro do Diretório Central Acadêmico (DCE) da UFSM, Luiz Boneti, defendeu que a reforma administrativa indica uma piora no serviço público prestado à população.
“Não tem como separar o serviço público da lógica de soberania”, declarou Boneti.
A vereadora Helen Cabral afirmou que é ilusão achar que a PEC 32 vai atingir somente os servidores públicos federais. Mensurou que se essa PEC já tivesse sido aprovada, a pandemia estaria em um patamar muito mais grave.
“Ela vai atingir os servidores municipais, estaduais e federais”.
Como proposta, ficou definido que será solicitado um espaço na Sessão Plenária Ordinária da Câmara de Vereadores da próxima terça-feira (21) para que os representantes sindicais apresentem aos parlamentares um documento contra a aprovação da PEC 32. A audiência foi transmitida ao vivo pelo Canal Aberto 18.2 e pelo YouTube.