O setor de comunicação da Assufsm entrevistou a pesquisadora da Fiocruz Liliane Teixeira, na Live Sindical, pelo facebook do sindicato. O bate-papo teve como objetivo falar sobre a exposição de trabalhadores e trabalhadoras ao SARS-COV-2 no Brasil.
Em março de 2020, tanto o país como o mundo tiveram sua rotina de vida alterada em virtude da pandemia do Covid-19. Uma nova rotina começou a existir, com novas regras, estilo de vida e com certeza uma nova maneira de exercer o trabalho. Grandes e pequenas empresas, autônomos(as) e empregados(as), todos e todas sofreram um grande impacto com a existência do novo vírus.
Com isso, surgiu a Rede de Informações e Comunicação à Exposição de Trabalhadores e Trabalhadoras ao SARS-CoV-2 devido à crescente demanda dos funcionários(as) por informações. A Rede tem o intuito de orientar os planos de contingência e protocolos por locais de trabalho e ramos produtivos, conhecendo assim as condições de trabalho e de saúde dos e das trabalhadoras.
A pesquisa ainda frisa que esses trabalhadores(as) dos serviços essenciais são tanto os que atuam junto a pacientes, mas também à população potencialmente infectada pelo vírus, para subsidiar ações de mitigação dos riscos à saúde.
O projeto está dividido em quatro eixos:
- Comunicação em Saúde e Informação;
- Monitoramento dos trabalhadores e trabalhadoras expostos;
- Mobilização, articulação e advocacy;
- Registro de memórias.
A pesquisa é constituída pela Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), incluindo variados centros de estudo do país e instituições internacionais que também participam da articulação feita pela rede para dinamizar o trabalho e cooperar com o desenvolvimento das metodologias do projeto.
A pesquisadora Liliane, explica que o projeto visa o bem-estar desses e dessas trabalhadoras a fim de obter respostas para a melhoria de saúde e de vida no trabalho. Para isso, o primeiro passo foi lançar um questionário, como forma de ouvir a classe, que atua de forma presencial e remota, durante a pandemia.
A Rede quer continuar ouvindo cada vez mais os trabalhadores, por isso, solicita aos que tiverem condição de responderem o questionário no link https://redcap.ensp.fiocruz.br/surveys/index.php?s=XMTY7LLPCC.
Durante a live, a pesquisadora ainda sanou algumas dúvidas, que surgiram nos comentários da live, a respeito dos processos que seriam realizados conforme os avanços da vacinação. Liliane enfatiza que o Brasil está muito atrás na lista dos países mais vacinados, o que deveria ser diferente.
No entanto, ainda existe um grande número de pessoas que esperam sua idade para a aplicação, mas também um grande número de pessoas que não vão realizar suas vacinas. Isso tudo prejudica fatores como o retorno das aulas presenciais, considerado um motivo importante em vista da educação, enquanto isso, a retomada do público aos estádios vem sendo projetado.
Por fim, Liliane falou sobre o posicionamento da Fiocruz a respeito da máscara e dos devidos cuidados, como álcool e gel e distanciamento após as vacinações. Segundo ela, como ainda nem todos estão vacinados, é importante que se mantenha os devidos cuidados para garantir a segurança do próximo.