UFSM apresenta resultados de 2020 e metas para próximos anos em Relatório de Gestão

O Conselho de Curadores(as) e o Conselho Universitário (Consu) da UFSM aprovaram o Relatório de Gestão 2020. O Relatório é um documento oficial elaborado pelos responsáveis pela Unidade Prestadora de Contas (UPC), que tem como propósito oferecer uma visão clara para a sociedade sobre a prestação de contas e avaliação dos gestores. Ele é um meio democrático de monitorar e controlar a conduta dos e das agentes públicas, bem como aumentar a capacidade de aprendizado e a efetividade da administração pública na produção de resultados para a sociedade.

Por meio deste Relatório é possível demonstrar, esclarecer e justificar os resultados alcançados no ano de 2020, de acordo com as metas estabelecidas pelo Plano de Gestão 2018-2021 e pelo Plano de Desenvolvimento Institucional 2016-2026 da Universidade.

Na UFSM, o Relatório é organizado pela Coordenadoria de Planejamento Informacional (Coplin) e pela Coordenadoria de Planejamento e Avaliação Institucional (Coplai), vinculadas à Pró-reitoria de Planejamento (Proplan), e contou com a revisão da Coordenadoria de Comunicação Social e da Unidade de Comunicação Integrada (Unicom).

O Relatório de Gestão 2020 foi estruturado em sete capítulos com informações em texto, gráficos, tabelas e links que dão acesso a outros materiais informativos da Universidade. Dentre os capítulos do Relatório, são apresentados os resultados conquistados pela instituição em 2020, através da estratégia prevista no PDI, que estabelece sete desafios com os quais a instituição se comprometeu, durante o período de 2016 a 2026: Internacionalização; Educação inovadora e transformadora com excelência acadêmica; Inclusão social; Inovação, geração de conhecimento e transferência de tecnologia; Modernização e desenvolvimento organizacional; Desenvolvimento local, regional e nacional; e Gestão ambiental.

Resultados do Relatório de Gestão 2020

O relatório descreve os sete desafios institucionais, demonstrando seus resultados em relação ao plano de metas e objetivos estratégicos planejados no PDI. A grande meta da UFSM é consolidar-se como uma universidade de excelência, com um olhar nacional, pelo principal indicador universitário do país, o Índice Geral de Cursos (IGC), tomando como referência rankings universitários reconhecidos no exterior. O IGC é, no Brasil, o índice que representa a qualidade do ensino superior. Ele sintetiza, em um único conceito, que varia de 1 a 5, o índice de uma instituição.

A UFSM tem como meta para 2022 estar entre as universidades brasileiras que possuem o conceito máximo do IGC, que é 5. Para atingir essa nota, é preciso obter um IGC contínuo de 3,945. Historicamente, a UFSM apresenta uma evolução no conceito contínuo do IGC, tendo apenas dois pontos de redução que foram nos anos de 2013 e 2015 . Desde 2018, o IGC faz parte da estratégia da UFSM, e o resultado da universidade mantém-se em evolução. No ano de 2019, último disponível, a UFSM manteve o IGC 4, apresentando um IGC contínuo de 3,907

 

 

Para ter um olhar internacional sobre a excelência, a UFSM tomou como referência o QS Ranking da América Latina, classificação reconhecida internacionalmente, que avalia aspectos como o impacto e produtividade da pesquisa, o comprometimento no ensino, a empregabilidade, o impacto on-line e a internacionalização nas instituições de ensino superior da América Latina. Atualmente, a UFSM está em 25° lugar entre as brasileiras participantes do ranking. A meta, para 2022, é estar entre as 20 melhores brasileiras colocadas no QS Ranking da América Latina. Nas últimas edições, a UFSM perdeu posições. No intuito de retomar e atingir a meta, a UFSM direcionará esforços, especialmente para os quesitos de internacionalização e impacto da pesquisa, avaliados pelo ranking.

 

 

O desafio da Internacionalização abrange objetivos direcionados ao aumento da inserção científica institucional, bem como ao desenvolvimento de ações relacionadas a proporcionar experiências de internacionalização aos alunos, incentivar a realização de convênios e parcerias internacionais e, ainda, à busca pela melhoria da infraestrutura de apoio para o acolhimento e integração internacional. Visando esses objetivos, a UFSM definiu como meta estar entre as 20 brasileiras mais bem posicionadas no pilar Internacionalização do QS Ranking América Latina. A dimensão Internacionalização do QS Ranking América Latina avalia o grau de abertura internacional, por meio das publicações em coautoria com pesquisadores estrangeiros.

 

 

A Figura 11 mostra que desde a primeira edição em que participou do ranking, a UFSM ganhou nove posições no pilar internacionalização. Na última edição, atingiu o 22° lugar entre as brasileiras. A inclusão desse indicador no plano de metas confere a ele uma importância institucional, e esforços serão direcionados para atingir a 20ª posição, por exemplo, priorizando a qualificação de docentes no exterior e o contato dos estudantes com docentes e discentes de outros países.

A Educação Inovadora e Transformadora com Excelência Acadêmica representa o desafio 2, que aborda os objetivos voltados para a oferta de cursos de excelência integrados à sociedade, bem como a busca pela satisfação dos alunos e pela sua formação integral. Dessa forma, faz parte da estratégia da UFSM formar alunos em cursos com níveis de qualidade cada vez maiores. Parte-se do Conceito de Curso (CC), que é um indicador da qualidade do ensino para os cursos de graduação que não fazem Enade, e são avaliados por visitas in loco de técnicos do Ministério da Educação. É possível notar que no último resultado de avaliação em 2018, a UFSM aumentou 4% o seu percentual de cursos com CC 4 e 5, atingindo e mantendo a meta em 2019 de 96% .

 

 

Outro resultado de destaque da UFSM referente ao desafio 2, é o alcance e superação da meta de 85% dos cursos com conceito CPC 4 e 5 até 2022 no Conceito Preliminar de Curso (CPC). Como consta na figura 16, em 2019, 89% dos cursos da UFSM atingiram os conceitos 4 e 5. O CPC é um indicador de qualidade dos cursos de graduação, que indica o quanto a universidade agregou de conhecimento ao estudante, e na avaliação das condições oferecidas pela universidade, em termos de infraestrutura, corpo docente e recursos didático-pedagógicos. O CPC é um dos indicadores que compõem o IGC – Índice Geral de Cursos, por isso, ter bons resultados no CPC contribui diretamente para que a UFSM atinja a sua principal meta.

 

 

 

A Inclusão Social na UFSM faz parte da diretriz do desafio 3, que tem como objetivo fortalecer políticas de acesso à universidade e reforçar a assistência estudantil com foco na permanência dos estudantes, conclusão dos estudos e bom uso dos recursos. Abrange, ainda, objetivos voltados para disseminar uma cultura ética em relação à inclusão social e ao meio-ambiente, e preparar o corpo técnico e docente para lidar com os diferentes aspectos da inclusão social. A UFSM é referência pelas políticas de inclusão social que adota, tanto para o ingresso, quanto para a permanência e formação dos estudantes.

Dessa forma, a UFSM, através dos recursos de assistência, consegue proporcionar aos estudantes a garantia da conclusão do curso. Atualmente, 72,4% dos estudantes que recebem algum tipo de benefício socioeconômico conseguem concluir seu curso em até um semestre além do previsto. Esse dado é obtido através do Tempo de Formação, que  é adotado como um indicador da eficiência dos programas de assistência estudantil promovidos pela Universidade.  Ele representa o percentual de estudantes, dentre aqueles cadastrados em programas de Benefício Socioeconômico (BSE) e Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), que conseguem concluir o curso com, no máximo, um semestre além do tempo previsto de atraso. Para 2022, a UFSM deseja aumentar essa porcentagem de estudantes beneficiários de programas de assistência: a meta é que 80% dos estudantes consigam concluir o curso no prazo previsto.

 

 

O Desafio 4, Inovação, Geração de Conhecimento e Transferência de Tecnologia está diretamente relacionado ao pilar de pesquisa da universidade, e abrange objetivos direcionados a desenvolver e inserir na sociedade tecnologias sociais e a produção artística e cultural; aumentar a inserção científica institucional; bem como fortalecer a inovação, o desenvolvimento tecnológico e a transferência de tecnologias para a sociedade. A estratégia para este Desafio foca na pesquisa e na inovação.

A UFSM atualmente possui 39 empresas incubadas recebendo apoio científico, tecnológico, suporte operacional e utilizando a infraestrutura da universidade para desenvolver seus projetos inovadores. Visando à expansão dos ambientes de inovação e empreendedorismo, articulando empresas, governo e universidades, nos últimos dois anos, o número de empresas incubadas na UFSM cresceu em 116%. A meta é que, em 2022, a UFSM possa oferecer esse suporte para 50 empresas, que terão as orientações e o planejamento necessários para se desenvolverem e sobreviverem no mercado.

 

 

Outra meta do desafio 4 está ligada à consolidação e excelência dos Programas de Pós-Graduação (PPGs). Atualmente, a UFSM conta com 14 PPGs com conceito 5, 6 e 7 avaliados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que utiliza critérios adequados a cada área de conhecimento, em uma escala de 1 a 7 pontos. A meta para 2022 é a UFSM ter 20 programas com conceitos 5, 6 e 7. Portanto, pelo menos 6 dos 24 programas que têm conceito 4 devem subir para o conceito 5 na próxima avaliação Capes.

 

 

O Desafio 5, Modernização e Desenvolvimento Organizacional está relacionado à gestão institucional, como fortalecer políticas de governança, transparência e profissionalização da gestão; otimizar rotinas administrativas e os sistemas de informação; aumentar a eficiência do processo de comunicação institucional; além de objetivos voltados ao aumento do orçamento recebido do governo federal e incremento da captação de recursos extraorçamentários.

No intuito de ter maior eficiência na gestão de seus encargos, (que são as despesas necessárias como energia elétrica, vigilância, limpeza e conservação para a instituição manter suas atividades) a UFSM se propôs a chegar em 2022 com uma redução real, destes gastos, de 18%, tendo como base o ano de 2019. Em 2019, o total de encargos da UFSM foi de R$ 75,4 milhões. Atingindo a meta, a projeção é que, em 2022, a UFSM tenha R$ 8,9 milhões a menos de gastos com encargos.

 

 

Desenvolvimento Local, Regional e Nacional são objetivos do Desafio 6, que está voltado ao relacionamento da Universidade com a sociedade. O foco estratégico está em fortalecer as ações de integração com a sociedade, especialmente por meio dos ambientes de inovação e de ações e projetos de extensão nos campi fora de sede, atuando ao mesmo tempo para consolidar ações e programas de extensão de referência em todos os oito eixos da extensão.

Dessa forma, a UFSM oferece e desenvolve diversas ações que oportunizam o desenvolvimento local, regional e nacional, como as atividades de empreendedorismo durante a formação acadêmica. Uma alternativa para qualificar o empreendedorismo na UFSM é através do Ranking de Universidades Empreendedoras (RUE). Na última edição do ranking, a UFSM atingiu a 9ª posição, entre as 123 brasileiras ranqueadas. Essa posição colocou a UFSM entre as universidades contempladas, em 2019, com um Termo de Execução Descentralizada (TED) Inovação, repassado pelo Ministério da Educação, no valor de R$ 1 milhão, o qual resultou em obras voltadas à inovação na Universidade. A meta é subir pelo menos uma posição até 2022, conquistando o 8º lugar entre as universidades mais empreendedoras do país

 

 

Outro foco estratégico do desafio 6, é estabelecer laços entre a comunidade acadêmica e a sociedade através dos projetos de extensão. Atualmente, a UFSM desenvolve ações de extensão em todos os municípios da região Centro Oeste gaúcha.  Em Cachoeira do Sul, 59% das cidades do entorno do campus contam com ações de extensão universitária da UFSM. Já na região Noroeste, 54% dos municípios das proximidades de Frederico e Palmeira são contemplados com ações extensionistas. A UFSM determinou como meta ampliar o percentual de cidades contempladas com ações de extensão desenvolvidas nos campi de Cachoeira do Sul, Frederico Westphalen e Palmeira das Missões. A meta é que, até 2022, 70% dos municípios das regiões Centro Oriental e Noroeste do Rio Grande do Sul tenham ações de extensão da UFSM. No entorno do campus sede, 100% das cidades são contempladas com ações extensionistas da universidade.

 

O último desafio do PDI é o da Gestão Ambiental, que está relacionado com a contribuição que a Universidade pode dar à sociedade, ao implantar um sistema de gestão ambiental que torne a UFSM modelo no tratamento de questões ambientais, bem como pela formação de indivíduos que tenham consciência ambiental. No âmbito deste Desafio, a UFSM já possui um conjunto de ações e práticas que vêm sendo implementadas há alguns anos.

Um exemplo da efetividade e contribuição dessas ações é o desempenho geral da universidade no GreenMetric Ranking, no qual a UFSM ficou entre as 25 universidades brasileiras mais sustentáveis. Para o ano de 2022, a meta é estarmos entre as 20 universidades com melhor desempenho sustentável no país. O GreenMetric Ranking considera, além dos critérios de mobilidade e energia e mudanças climáticas, aspectos relacionados ao ensino, à pesquisa e ao orçamento voltados para a sustentabilidade, o tratamento de água e resíduos, assim como a distribuição de áreas livres, de vegetação e de drenagem no espaço físico da instituição.

Mudanças no Relatório de Gestão

De acordo com o coordenador da Coplin, Marcelo Lopes Kroth, o Relatório de Gestão vem passando por grandes mudanças em seu formato por meio de orientações do Tribunal de Contas da União (TCU). O novo formato do relatório apresenta uma visão mais integrada da universidade. “O Relatório de Gestão na forma de relato integrado não é simplesmente sobre a estrutura do relatório, mas sobre a forma de pensar a instituição, de aprimorar o sistema de comunicação da universidade com a sociedade e, quando melhoramos a comunicação, os objetivos que foram traçados no PDI são mais facilmente compreendidos por todos, tanto aqueles que tomam decisões, quanto pelos que executam as tarefas no dia a dia e também por toda a comunidade que é afetada por esses objetivos. O grande desafio é estimular o pensamento integrado, um esforço coordenado para a integração de diferentes setores para mostrar os valores que a UFSM entrega para a sociedade de forma clara, concisa e transparente.”

A mudança no projeto gráfico do relatório possibilitou um entendimento mais acessível e dinâmico sobre a gestão da universidade através de fotografias, gráficos e de texto com uma linguagem mais cidadã, como explica Daniel Michelon de Carli, um dos responsáveis pelo projeto gráfico e diagramação do relatório. “O novo formato e trabalho gráfico do relatório está mais semelhante com a diagramação de uma revista do que um relatório tradicional, e isso possibilita o interesse da comunidade de fora da academia. A formatação também foi pensada para o meio digital, que acaba sendo o meio principal de acesso e distribuição desse material”.

Reportagem: Ana Júlia Müller Fernandes, acadêmica de Jornalismo e estagiária na Unidade de Comunicação Integrada da UFSM
Imagens: Reprodução/Relatório de Gestão UFSM 2020
Edição: João Ricardo Gazzaneo/UFSM

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