Todos os meses são para cuidar da saúde, mas a campanha Outubro Rosa, que é um movimento mundial de conscientização e prevenção ao câncer de mama, foi criada para destacar a importância do diagnóstico precoce da doença. O câncer de mama é um dos mais comuns entre as mulheres no mundo e no Brasil, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano.
A detecção no início da doença aumenta em mais de 90% a resposta positiva e as chances de cura. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2020, foram diagnosticados 66.280 novos casos e, em 2019, 18.068 mulheres vieram a óbito. Durante todo o mês, campanhas e informações são divulgadas para chamar atenção da população. Monumentos e prédios públicos são iluminados com a cor rosa.
No Brasil, segundo o INCA, em 2020 cerca de oito mil casos de câncer de mama tiveram relação direta com fatores comportamentais, como consumo de bebidas alcoólicas, excesso de peso, não ter amamentado e inatividade física. O número representa 13,1% dos casos novos de câncer de mama em mulheres com 30 anos e mais, em todo o país.
A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) infelizmente afetou a rotina da população e deixou outras doenças represadas, entre elas, os cuidados contra o câncer de mama. Uma pesquisa realizada pela Fundação do Câncer, em 2020, demonstra que o número de exames de mamografias realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) caíram mais de 80% no período da pandemia
Projeções do INCA até 2030 apontam para a estabilidade das taxas de mortalidade entre 30 e 69 anos, mas ainda estão bem distantes dos 30% de redução estabelecidos pela Organização das Nações Unidas.
A campanha foi criada na década de 90 pela fundação Susan G. Komen for the Cure. No Brasil, foi instituída pela Lei nº 13.733/2018 e prevê diversas atividades durante o mês.