A primavera da democracia começou. Teve início neste sábado (16) o Plebiscito Popular sobre as Privatizações no RS, organizado pelas centrais sindicais, movimentos sociais e populares e partidos políticos. Mais de 200 municípios abriram locais de coleta de votos, sob forma presencial, em praças, sindicatos, associações, escolas, comércio, igrejas, sedes de partidos políticos. Além dos votos obtidos em cédulas impressas, a plataforma na internet registrou mais de 19 mil votantes. Clique aqui para votar online.Para votação presencial, confira os locais na sua cidade no sitewww.plebiscitopopular.com.br.
No interior do Estado, um dos pontos mais movimentados foi o Feirão Colonial de Santa Maria. Cidades como Cachoeira do Sul, Candelária, Rolante e Panambi transformaram praças em verdadeiras seções eleitorais. Na região metropolitana, teve ato de abertura da votação na parada 48 de Alvorada e, em Viamão, o comitê municipal disponibilizou espaços com computadores, para que as pessoas pudessem votar direto na plataforma.
Em Porto Alegre, foram registradas movimentações intensas na Restinga e na Lomba do Pinheiro. Na Restinga, uma banca de rua organizada pelas lideranças comunitárias chegou a ter fila para votar. Na Lomba do Pinheiro, as lideranças coletaram votos através de urnas itinerantes.
Além dos locais organizados pelos comitês zonais, a Capital contou com urnas em sindicatos, como no Sinttel-RS, locais de comércio e serviços. Um deles foi o Armazém do Campo, a loja da Reforma Agrária, na Cidade Baixa. Outro exemplo é o Salão de Beleza da Cleia, no bairro Santa Tereza, onde a clientela foi convidada a votar no plebiscito. A votação se estende até o próximo domingo (24).
O que é o plebiscito popular
O plebiscito popular não tem valor legal, mas tem grande importância política, pois é uma forma concreta de ouvir a população e conhecer a sua opinião sobre a entrega ou não do patrimônio público.
O vice-presidente da CUT-RS e coordenador do Plebiscito Popular, Everton Gimenis, lembra que “o plebiscito era uma condição prevista na Constituição Estadual, desde 2002, como instrumento democrático para ouvir a população sobre a venda de estatais, após a onda de privatizações feitas pelo governador Antonio Britto (PMDB), que nunca mais foi reeleito”.
“Já que o governador Eduardo Leite (PSDB), junto com a maioria da Assembleia Legislativa, rasgou a Constituição Estadual e tirou do povo o direito de decidir o futuro das empresas estatais, nós organizamos esse plebiscito. O patrimônio público é do povo, não é do governo de plantão”, ressalta Gimenis, que é também diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre.
Assista à fala de Gimenis