A partir das 18h desta quarta-feira, 9 de março, as servidoras e servidores públicos federais lançam, por meio de uma live, o Comando Nacional de Mobilização e Construção da Greve. O evento será transmitido pelos canais de Facebook do Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) e do Fonacate (Fórum das Carreiras Típicas de Estado).
Calendário
Confira o calendário para a Jornada de Lutas da Campanha Salarial do(a)s Servidore(a)s Público(a)s Federais: pelo reajuste de 19, 99%, já!
08/03 – Dia de Luta Internacional das Mulheres “Pela vida das mulheres, Bolsonaro nunca mais! Por um Brasil sem machismo, sem racismo e sem fome”;
09/03 – Lançamento do Comando Nacional de construção da GREVE (atividade virtual) e início das rodadas de assembleias para instalação dos Comitês Locais de construção de greve e votação do dia de paralisação no dia 16 de março;
16/03 – Dia Nacional de Mobilização, paralisações e manifestações em todo Brasil, com ato em Brasília e nos Estados (um dia de mobilização nacional dos SPFs em defesa da recomposição salarial 19,99%);
23/03 – Indicativo para o início da GREVE GERAL POR TEMPO INDETERMINADO, respeitando as especificidades de cada entidade.
Entenda os motivos da greve
O funcionalismo público federal, a partir de suas entidades representativas, foi o principal protagonista da luta travada em 2021 contra a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 32/20), que inaugura a Reforma Administrativa. Graças às Jornadas de Luta protagonizadas em Brasília e nos estados, o projeto de destruição dos serviços públicos não avançou no último ano, estando, até então, estagnado.
Agora, a mobilização do funcionalismo, além de seguir tendo como uma de suas reivindicações centrais a total retirada de pauta da PEC 32 da Câmara, agrega outras pautas: a revogação da Emenda Constitucional 95, aprovada em 2016 e responsável por congelar os gastos públicos por 20 anos; e o reajuste salarial de 19,99% para todas as categorias do serviço público federal.
Sem reajuste salarial desde 2017, as trabalhadoras e trabalhadores do setor público já amargam uma defasagem salarial da ordem de 49,28%. O índice de 19,99% refere-se unicamente à inflação acumulada durante os três anos de governo de Jair Bolsonaro, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA/IBGE).
Em 18 de janeiro, as servidoras e servidores protocolaram a pauta unificada de reivindicações no Ministério da Economia. Até então, já passados quase 50 dias, o governo não sinalizou com qualquer possibilidade de negociação.
Se o silêncio se mantiver, as categorias do serviço público federal estão preparando uma greve unificada a partir do dia 23 de março. Um pouco antes, para o próximo dia 16, está prevista uma grande mobilização com o objetivo de pressionar o governo a dialogar com as servidoras e os servidores.
Texto com informações e edição: ANDES-SN e Bruna Homrich/Assessoria de Imprensa da Sedufsm
Foto: ANDES-SN