O dia 29 de setembro, em cidades de todo o Brasil, foi marcado pela luta da população, principalmente feminina contra o fascismo, a extrema-direita e o conservadorismo. O movimento, que surgiu nas redes sociais através do grupo “Mulheres contra Bolsonaro”, saiu da internet e tomou as ruas de todo o país. A palavra de ordem “ELE NÃO” ecoou também pelas principais ruas de Santa Maria, em uma passeata que reuniu cerca de 10 mil pessoas, de acordo com as organizadoras do evento.
A Fasubra, Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil, orientou a todas as mulheres da base a participarem da atividade do dia 29. Também foi debatido e aprovado em Plenária, realizada no início do mês de setembro, uma resolução que orienta as entidades de base a fortalecerem as candidaturas de esquerda e do campo progressista, tendo em vista que os direitos das trabalhadoras e trabalhadores estão sendo ameaçados com diversas medidas, como a Lei da Terceirização, a Reforma Trabalhista e da Previdência, entre outras.
Sendo assim, após reunião de Coordenação da Assufsm, no dia 25 de setembro, e em coerência ao debate histórico da categoria, foi enfatizado a orientação da Fasubrapara que toda a categoria participasse da atividade chamada para o dia 29, uma marcha de mulheres contra o fascismo.
A população mobilizou-se mundialmente e demonstrou seu descontentamento com os discursos de ódio proferidos por candidatos à Presidência do país. Impulsionado e liderado pelas mulheres brasileiras, o grito de #elenão unificou diversos setores.
O protesto não ficou restrito às organizações, partidos políticos ou sindicatos, muito pelo contrário: trabalhadores e trabalhadoras, estudantes, crianças, jovens e idosos, estavam nas ruas. Gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, indígenas, negras e negros estiveram presentes, reivindicando o direito à liberdade e à vida. O destaque desse dia foi para o protagonismo do movimento de mulheres que alavancou esta mobilização contra o ódio e o conservadorismo.
Em Santa Maria, na Praça Saldanha Marinho, diversas foram as formas de demonstrar insatisfação aos retrocessos nas políticas públicas. A tarde foi marcada por apresentações artísticas, falas de luta, cartazes, bandeiras e rostos pintados para enfatizar a força e a união da população por um país melhor.
A marcha das mulheres contra o fascismo iniciou na Avenida Rio Branco, fez a volta pela Catedral e seguiu pela Rua do Acampamento até a Rua Pinheiro Machado, desceu pela Rua Professor Braga, dobrou na Rua Astrogildo de Azevedo, subiu a Rua Floriano Peixoto e dobrou para o Calçadão. Por toda a caminhada haviam cânticos que mostravam o quanto as pessoas estavam insatisfeitas com candidaturasque disseminam o racismo, a homofobia e o fascismo.
Ao chegar na Rua Dr. Bozano, bem ao centro do Calçadão, o grupo de batucada que acompanhou a marcha tocou e cantou com as pessoas que participaram de toda a marcha finalizando a manifestação.