Em meio a pandemia do COVID-19, que iniciou no final do ano passado e já registra em torno de 264 mil mortes no mundo, as Instituições Públicas de Ensino Superior de todo o país tem destaque de contribuição na luta contra a pandemia do novo coronavírus. Mesmo com a suspensão das atividades, estudos e pesquisas sobre o vírus permanecem sendo produzidos diariamente. Dentre estas instituições, o campus da UFSM de Palmeira das Missões, iniciou no final de abril a realização de testes para COVID-19 que atualmente, atendem cerca de dez municípios da região. O trabalho é realizado, de forma voluntária, por estudantes e servidores da instituição e é de iniciativa dos Laboratórios de Genética Evolutiva e Microbiologia.
Na segunda-feira (4), em entrevista para a Live Sindical da Assufsm (veja a live completa aqui), o diretor do campus da UFSM de Palmeira das Missões, Rafael Lazzari comentou sobre a importância de participar de ações que contribuam para a luta contra o COVID-19. “Os testes começaram com a nossa preocupação enquanto UFSM em participar de todas as ações nesse momento. Isso só foi possível pelo engajamento do campus com a comunidade, e principalmente dos professores que coordenam os laboratórios e colocaram suas equipes a disposição para colaborar na realização dos testes”.
Depois de vários dias de preparação para a chegada dos equipamentos, os testes finalmente começaram a ser feitos no Campus. Hoje, o resultado demora entre 24h e 48h para ser divulgado. De acordo com o professor Daniel Graichen, apesar do processo parecer simples de ser feito, muitas são as etapas de processamento.
“No momento em que as amostras são coletadas pelos agentes de saúde e chegam até o campus, elas passam por várias etapas. O processo em si é bastante demorado e só é possível de fazer porque aqui em Palmeira das Missões temos uma equipe bem qualificada que conta com alunos de pós-graduação e formandos que já trabalham em empresas”, explica o professor. “Nós montamos um time de 14 pessoas, divididas em equipes e cada uma é responsável por uma parte do processo. Por isso nossos testes têm sido feitos muito mais rápido do que os comerciais”, complementa Daniel Graichen.
Até o momento, a quantidade de insumos comprados viabiliza a realização de, aproximadamente, 60 testes por dia. O professor Daniel Graichen relata que há possibilidade desse número aumentar o dobro, mas que no momento essa quantidade atende a demanda. Os insumos, que além de equipamentos de laboratório incluem também EPIs para a segurança dos e das pesquisadoras, estão sendo adquiridos através de parcerias com o município de Palmeira das Missões, instituições e da comunidade, a partir de doações.