No último sábado (8/8), o Brasil alcançou a triste marca de 100 mil mortos pela pandemia da COVID-19, com mais de 3 milhões de contaminados, e já é a segunda nação do mundo com o maior número de vítimas, atrás apenas dos Estados Unidos. O Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) decretaram luto oficial de quatro dias, em solidariedade às vítimas da tragédia e seus familiares.
O Palácio do Planalto não seguiu a medida e manteve o descaso e a política de naturalização da morte. A insensibilidade e o desrespeito de Bolsonaro com os brasileiros é uma perversidade: não tem luto, não tem bandeira a meio mastro, não tem pronunciamento. No dia em que o país chorava seus mortos e o mundo todo repercutia que o Brasil é um dos países do epicentro, Bolsonaro comemorava em suas redes sociais a vitória de um campeonato de futebol. Chega a ser inacreditável tamanha insensatez.
A política de Bolsonaro mata e não há um plano para conter a pandemia. Muito ao contrário, o presidente estimula o fim do isolamento social, o retorno do comércio, das aulas presenciais e nega a maior crise sanitária vivida pelo país. O Brasil está sem direção, sem ministro da saúde e sem medidas para reduzir o contágio da doença de forma consistente. O presidente continua negando a ciência, incentivando o uso da hidroxicloroquina, que não tem comprovação de eficácia, e se limita a dizer que “todo mundo morre um dia” e “vamos tocar a vida”.
Além disso, o nacionalismo tão defendido pelo atual governo é uma hipocrisia sem tamanho. Neste domingo (9/8), o governo informou que vai criar uma missão humanitária em apoio ao Líbano. Além de se preocupar e ser solidário ao Líbano, deveria se preocupar também com o povo brasileiro.
A FASUBRA Sindical lamenta profundamente a morte de mais de 100 mil pessoas e se solidariza com os familiares neste momento extremamente difícil e de dor.
Basta de mortes!
Bolsonaro genocida!
#ForaBolsonaroeMourão
Texto e foto: Fasubra