O Grupo de Trabalho da Saúde da Assufsm se reuniu na quarta-feira (04) para realizar a análise e encerramento do Levantamento de Dados sobre as Condições de Trabalho na UFSM durante pandemia. Ao todo, 43 voluntários e voluntárias Técnico Administrativas em Educação da UFSM responderam, de maneira sigilosa, o questionário proposto pelo GT Saúde. Diversos quesitos foram questionados em 15 perguntas de um formulário Google (veja, abaixo, as respostas).
O GT Saúde teve como base, para a realização do questionário aos TAEs da UFSM, a pesquisa da Fiocruz, denominada Rede de Informações sobre a exposição ao SARS-CoV-2 em trabalhadores no Brasil (veja). O Setor de Comunicação da Assufsm também entrevistou a pesquisadora da Fiocruz Liliane Teixeira, em Live Sindical.
Participantes do GT Saúde ficaram preocupados com algumas respostas do questionário, principalmente nas questões que versão sobre a não realização de testagens nos setores que já estão trabalhando de modo presencial e com atendimento à comunidade externa da UFSM, como é o caso dos atendimentos odontológicos.
“É importante sabermos esses dados para sabermos como está a real situação da nossa categoria com esses retornos presenciais, em regime de plantão e o que a UFSM está chamando de esporádico. Sabemos da pressão que muitos e muitas TAEs vem sofrendo de suas chefias”, alerta o grupo.
Dentre outras pautas debatidas, está a notificação que a Controladoria Geral da União enviou para a UFSM sobre Abonos Ocupacionais que os e as TAEs recebem no exercício das atividades presenciais na UFSM (veja). A Assessoria Jurídica da Assufsm já está estudando todas as possibilidades e ações em relação a essa notificação.
Também foi reforçado o pedido para que nenhum e nenhuma TAE fique sem receber insalubridade e outros abonos durante a pandemia.
A Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP) atendeu uma das solicitações do sindicato, enviada por e-mail, e encaminhou para a entidade dados sobre como estão a situação de TAEs perante o recebimento, ou não, de insalubridade dentro da UFSM, de junho de 2020 a junho de 2021. O GT Saúde categorizou esses dados e os colocou em planilhas, veja aqui e aqui. Dúvidas podem ser enviadas ao e-mail: gtsaudeassufsm2021@gmail.com.
“Muitos técnicos e técnicas estão retornando devido a pressão de perder suas insalubridades. Muitos e muitas são as provedoras de seus lares e perder essa porcentagem do seu salário é perder muito para se manter e manter suas famílias. Precisamos ter a certeza que todos e todas estarão vacinadas, não só os e as TAEs, mas também mais de 70% da população geral, para que, ai sim, se fale em retorno presencial. A UFSM, antes da pandemia, tinha um universo de mais de 30 mil pessoas circulando diariamente pelo Campus. O transporte público se coloca como discussão também e deve ser sempre levado em conta”, afirma o grupo.
Por fim, foi citada a Instrução Normativa 4, de 14 de fevereiro de 2017, que estabelece orientação sobre a concessão dos adicionais de insalubridade, periculosidade, irradiação ionizante e gratificação por trabalhos com raios-x ou substâncias radioativas, e dá outras providências.
Veja os dados do formulário do Levantamento de Dados sobre as Condições de Trabalho na UFSM durante pandemia a seguir: