Muitas são as reformas e propostas de emenda à Constituição que vem surgindo e que já foram aprovadas no Governo Federal. As últimas semanas estão sendo de muitas lutas e desafios para milhares de funcionários e funcionárias públicas com a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição 32/2020, a Reforma Administrativa. Além da comunidade acadêmica estar sendo atacada perante a não escolha do(da) Reitor(a) mais votado(a) da Lista Tríplice, tendo em 15 universidades federais brasileiras os(as) Reitores(as) Interventores(as) empossados(as).
O setor de Comunicação da Assufsm já vem debatendo a PEC 32 do ponto de vista jurídico e também da visão da sua categoria de Técnico Administrativos e Administrativas em Educação da UFSM em diversas Lives Sindicais (ver aqui; aqui; aqui). Para seguir nos debates, no dia 1º de outubro, o convidado para falar sobre o desrespeito à autonomia universitária por parte do governo foi o Técnico Administrativo em Educação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Mário Guimarães Júnior.
Para ele, o atual governo se manifesta com perspectiva política autoritária em diversos setores da sociedade, principalmente da cultura e educação, constantes alvos dos últimos dois governos que o Brasil teve.
“A universidade brasileira é o espaço onde se produz a maior parte de ciência. Só que o governo entende que para dominar, precisa se apoderar da universidade. Vemos, todos os dias, governantes desprezarem a ciência, desprezarem toda a nossa produção e tentar construir, a todo custo, esse controle das instituições de ensino. Nós já temos 15 universidades e institutos federais que estão com interventores, mesmo com eleições, o governo não respeitou as decisões da comunidade acadêmica. Ainda temos mais 10 universidades federais aguardando nomeação no Brasil todo, isso é muito preocupante. São muitos ataques e retrocessos” lamenta Guimarães.
O TAE também enfatiza que é necessário ter uma luta aliada pela democracia e contra a Reforma Administrativa. De acordo com ele, a PEC 32 está sendo imposta pelo governo e visa oferecer serviço público menos democrático e mais precário.
“Não serão só os trabalhadores e trabalhadoras públicas que vão sofrer com essa Reforma Administrativa. A população que usufrui de todo o serviço também será muito afetada. A luta da defesa da autonomia das universidades é uma luta que precisa estar articulada com a da Reforma Administrativa e é uma pauta central e urgente. Precisamos lutar contra a PEC 32 e lutar pela democratização das universidades”, afirma ele.
Para finalizar, o TAE afirma que é necessário a união de todos e todas para que se possa lutar com mais força contra todos os ataques por parte do governo. A Live Sindical pode ser vista na integra no link a seguir: ver aqui.