Live sindical discute papel do REDE no aprendizado das e dos estudantes

As Lives Sindicais trazem para o debate diversos temas de interesse da comunidade acadêmica. Em uma das apresentações, o setor de comunicação da Assufsm trouxe à tona o debate da influência do regime de exercícios domiciliares especiais (Rede) no aprendizado dos e das estudantes da UFSM. Diante da pandemia do coronavírus, as atividades acadêmicas e administrativas presenciais foram suspensas. Assim, a UFSM adotou o Rede para realizar aulas, estágios, práticas, eventos, encontros e bancas durante a quarentena. A regulamentação da plataforma foi feita por meio da Resolução N.24, de 11 de agosto de 2020 (ver aqui).

A Técnica em Assuntos Educacionais da UFSM, Gléce Kurzawa Cóser, explica que a resolução foi resultado da pressão de estudantes, professores e técnicos, que reivindicavam a construção de um regulamento de base coletiva capaz de suprir as demandas existentes no aprendizado online. Para Gléce, o ensino nas plataformas digitais não é apenas uma transposição do conteúdo presencial para o online.

“As e os professores se transformaram nesse período para proporcionar um ensino híbrido aos estudantes”, afirma a TAE.

A professora de Dança-licenciatura da UFSM, Neila Baldi também acredita que é necessária uma adaptação dos conteúdos, principalmente no momento atual. A docente fala ainda sobre a diferença da percepção do tempo online para o presencial, e aponta isso como a principal problemática do Rede. Além disso, Neila sinaliza para a demora da resposta da universidade diante da situação, pois, ainda de acordo com ela os e as professoras estavam trabalhando desde março, porém, só em junho as capacitações começaram.

Pedro Lameira, estudante de Desenho Industrial e diretor da região centro da União Estadual dos e das Estudantes, UEE/RS, lembra do questionário que foi aplicado para os e as acadêmicas da UFSM (ver aqui) que obteve apenas 32% de respostas, o que reflete, na opinião de Lameira, o quanto o modelo do REDE é desigual e excludente. Na análise do estudante, o REDE seria um laboratório do projeto Future-se, no sentido de flexibilização das aulas presenciais. Nesse contexto, segundo Pedro, o papel do Diretório Central dos Estudantes (DCE), da União Nacional dos Estudantes (UNE) e de todas as entidades de base são fundamentais para promover um diálogo e lutar contra as políticas de desmonte do serviço público.

Confira a Live Sindical na integra, clique aqui.

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