A Assufsm, desde sua fundação como Associação Beneficente dos Servidores (ABS) ainda durante a Ditadura Civil-Militar, sempre pautou sua atuação tendo a democracia e o diálogo como valores máximos norteadores. Assim, nosso sindicato nunca se furtou à participação em todos os espaços democráticos dentro e fora da UFSM.
Por muito tempo, desde sempre lutamos para que os espaços com representação da comunidade acadêmica contassem com a participação no mínimo paritária entre professores, servidores técnico-administrativos (TAEs) e estudantes, superando a herança autoritária da Ditadura, que define uma representação de 70% para docentes e apenas 30% para os demais seguimentos.
A conquista da paridade em processos eleitorais ou de consulta à comunidade acadêmica foi um importante passo rumo ao nosso objetivo final em termos de democracia que é a universalidade do voto. Contudo, a Nota Técnica nº 400/2018 CGLNES/GAB/SESU/SESU ameaça seriamente tal conquista.
No processo de escolha do(a) futuro(a) reitor(a) e vice, atualmente em curso na UFSM, avaliamos como um retrocesso a forma atropelada como o mesmo foi deflagrado, sem nenhum diálogo com as entidades representativas dos seguimentos da comunidade acadêmica, uma tradição que vinha de longa data.
Mesmo assim, crente na possibilidade de diálogo e construção democrática a partir de então, a Assufsm se dispôs a indicar representantes para compor a Comissão que vai realizar a pesquisa de opinião sobre a futura gestão da reitoria, junto à comunidade acadêmica.
Porém, constatamos que a Comissão terá um papel meramente ilustrativo e burocrático no processo, sem qualquer poder de decisão, e com o agravante que o Edital que norteia a pesquisa de opinião determina que sejam apresentados dois resultados distintos, um deles considerando a paridade do voto entre os seguimentos e outro trazendo a fórmula antidemocrática dos 70% para professores e 30% para estudantes e TAEs.
Deste modo, considerando os elementos citados anteriormente, a Assufsm informa que está retirando os seus representantes da Comissão responsável por elaborar a pesquisa de opinião, além de repudiar o modo como a mesma está sendo conduzida.
A democracia em nosso país foi conquistada a duras penas e ao custo da vida de lutadores e lutadoras. A Assufsm é herdeira deste processo de resistência e luta e não vai admitir nenhum tipo de retrocesso.
Viva a democracia! Viva a Assufsm! Viva a UFSM autônoma, democrática e a serviço do povo brasileiro!
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