Empregados e empregadas da Ebserh de todo o Brasil participaram de uma Plenária Nacional na terça-feira, 27, onde aprovaram um indicativo de greve a partir do dia 10 de maio caso a empresa insista em retirar direitos na proposta do ACT 2020/2021 da categoria. Em reunião no dia 29 de abril, com representantes da administração da empresa os impasses continuaram. Condsef/Fenadsef, Fenafar, Fenam e CNTS, que representam os empregados da Ebserh na mesa de negociação, saíram frustrados de mais uma reunião. As entidades haviam solicitado a presença do presidente da empresa, general da reserva do Exército Brasileiro, Oswaldo Ferreira, que não compareceu.
Há mais de um ano o processo de negociações do ACT 2020/2021 esbarra em impasses. De um conjunto de 65 cláusulas apresentadas pela categoria a empresa manteve rejeição a 52. Além de impor reajuste zero nas cláusulas economômicas, a Ebserh quer mudar a aplicação da regra para o grau de insalubridade dos empregados, o que pode reduzir salários em até 27%. “É uma situação inaceitável”, pontuou Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef. A mudança nas regras de insalubridade é considerada cláusula pétrea e item inegociável para a categoria.
Sétima vez no TST
O ACT 2020/2021 está no Tribunal Superior do Trabalho (TST). É a sétima vez que impasses entre empregados e a empresa levam o processo de negociação para mediação do acordo. Segundo os empregados da Ebserh, o atraso é culpa da empresa, que ignora o diálogo com os trabalhadores. A mobilização e processo de conscientização da categoria para necessidade de luta e preservação de seus direitos conquistados vai continuar.
Nessa segunda, 3 de maio, as entidades que participam na mesa de negociação farão uma reunião ampliada para discutir a data de uma nova plenária nacional, antes do dia 10 de maio, onde a categoria deve discutir se mantém o indicativo de greve e define os rumos do processo de mobilização. A expectativa é de que a empresa apresente uma nova proposta como sinalizou na reunião com as entidades. As assessorias jurídicas das entidades acompanham o processo e dão suporte técnico para auxiliar tanto no processo de mediação junto ao TST, quanto na organização de mobilização aprovadas pela categoria.
Confira mais informações no site da CONDSEF/FENADSEF.