Servidores(as) podem decretar greve contra PEC 32, que deve ser votada em setembro

Os e as servidoras públicas da União, estados e municípios podem decretar uma greve nacional em defesa da categoria e do serviço público gratuito e de qualidade no país, ameaçados pela Proposta de Emenda à Constituição  (PEC) nº 32, da reforma Administrativa, do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL).

Sindicalistas de entidades que representam os servidores(as) vão debater as ações e estratégias que podem ser desencadeadas hoje, segunda-feira (30), em reunião virtual, das 15 às 17 h. Essa organização é urgente porque o  presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), promete votar a PEC no plenário da Casa na primeira semana de setembro.

Lira está acelerando a votação de todas as propostas do aliado Bolsonaro que retiram direitos sociais e trabalhistas porque 2022 é ano de eleição e ele não vai querer chamar a atenção dos eleitores apressando a aprovação de propostas perversas, que prejudicam o país e o povo, alertam os dirigentes sindicais.

Por isso, dizem os sindicalistas, é urgente uma reação rápida dos servidores(as) das três esferas, como a que será discutida na segunda-feira no encontro que vai reunir representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef); Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam); Confederação Nacional do Trabalhadores em Educação (CNTE) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), entre outras.

“Estamos trabalhando com todo o afinco para que o desmonte do serviço público não seja aprovado pelo Congresso Nacional. Não descartamos um dia nacional de luta ainda em setembro. Vamos debater essa possibilidade. Já estamos enviando os links com o convite para dirigentes sindicais que devem repassar a convocatória a suas bases, aos associados e interessados”, afirma o Coordenador-Geral da Condsef, Sérgio Ronaldo.

O planejamento das ações foi definido após o anúncio de que o relatório da PEC será apresentado, também na próxima segunda, pelo deputado Arthur Maia (DEM-BA), na comissão da Câmara. A partir do conteúdo do relatório, os dirigentes sindicais definirão as estratégias para combater o desmonte do serviço público.

“O governo tem pressa na aprovação da reforma Administrativa porque sabe se deixar para 2022, ano das eleições, não terá como aprovar essas maldades aos servidores e ao povo brasileiro”, aponta Sérgio Ronaldo.

“Eles sabem que estamos conseguindo pressionar em suas bases eleitorais e que se votarem a favor da reforma, não voltam”, diz o dirigente usando o mesmo slogan usado pela CUT durante a votação da reforma Trabalhista de Michel Temer (MDB-SP), que tirou o mandato de nomes como Rogério Marinho, deputado federal pelo Rio Grande do Norte, que não conseguiu se reeleger e virou ministro de Bolsonaro, o governo que mais ataca direitos da história do Brasil.

Deputados progressistas também tentam barrar PEC

Deputados que compõem a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Serviços Públicos alertam os servidores e a população em geral sobre a estratégia do governo federal e seus aliados em apressar a votação da PEC 32.

TAE, pressione deputados e deputadas que ainda são favoráveis ou estão indecisos em suas decisões. Clique aqui e mande uma mensagem para ele ou ela.

Texto e Foto: CUT – Brasil
Edição: Assessoria de Comunicação Assufsm

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