UFSM deverá fornecer ao governo informações sobre servidores em trabalho remoto

Não é a melhor notícia a ser dada, mas há um caráter de obrigatoriedade na solicitação do governo, de que as universidades federais forneçam as informações de quantos e quais servidores estão em trabalho remoto, disse o reitor da UFSM, Paulo Burmann, durante a primeira reunião virtual do Conselho Universitário (Consu), ocorrida na manhã desta quinta, 30 de abril.

Os dados a serem informados ao Executivo, em Brasília, servirão de base para que seja cumprida a Instrução Normativa (IN) nº 28, de 25 de março deste ano, que orienta a suspensão do pagamento de auxílio-transporte, de adicional noturno e dos adicionais ocupacionais aos servidores e empregados públicos que executam suas atividades remotamente ou que estejam afastados de suas atividades presenciais. O envio dessas informações foi aconselhado como sendo obrigatório pelas Procuradorias Federais das Instituições de Ensino Superior.

Burmann explicou aos conselheiros que há uma tentativa de negociação há semanas, que envolve a Andifes (Associação dos Dirigentes das Federais), o MEC, o Ministério da Economia, para que esse tipo de informação não tivesse que ser encaminhada, mas sem avanço. Além da difícil operacionalização dessas informações, o reitor da UFSM destaca que ninguém deixou de trabalhar nesse período de isolamento social, portanto, esses auxílios previstos em lei estão tendo suas finalidades cumpridas. O dirigente afirmou que foi levado ao conhecimento das autoridades governamentais que esse tipo de repasse de informação gera “instabilidade e pânico” entre os servidores.

Sem previsão de retorno das atividades acadêmicas

Durante a sessão do Consu desta quinta (a de nº 827), o reitor também foi perguntado sobre previsão de retorno das atividades acadêmicas (aulas presenciais). Paulo Burmann disse que não há sinalização de retorno no curto prazo. Segundo ele, é preciso ter claro que, para voltar às aulas, é necessário um planejamento meticuloso. O reitor frisou que é preciso entender que não teremos o ‘modus operandi’ de antes da pandemia. Esse planejamento a que ele se refere, que possivelmente terá que incluir escalonamento de horários, ainda está em fase incipiente nas discussões internas, mas que, assim que houver algo mais concreto, esse debate será ampliado, garantiu ele.

Burmann não chegou a falar em data para o retorno. Sabe-se que a segunda ordem de suspensão das atividades acadêmicas e administrativas  tem prazo até dia 15 de maio, e depois dessa data não se sabe o que ocorrerá. Todavia, conforme informação obtida pela assessoria de imprensa da Sedufsm, em reunião que teve com coordenações de curso, na última segunda (27), o reitor teria sinalizado de que haverá nova prorrogação da suspensão das atividades, e que esta será de (pelo menos) mais 15 dias.

Confira aqui o link da transmissão da sessão do Consu e aqui a pauta dde tudo que foi discutido e deliberado na reunião.

Texto: Sedufsm | Foto: Rafael Happke

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