O dia 28 de maio é dedicado à conscientização sobre os diversos problemas de saúde enfrentados pelas mulheres, com foco especial na importância de melhorar a assistência obstétrica como forma de reduzir as mortes maternas evitáveis.
As principais causas de óbito materno incluem hipertensão (pré-eclâmpsia e eclâmpsia), hemorragias graves, infecções pós-parto, complicações no parto e abortos inseguros que, juntas, representam cerca de 75% das mortes maternas. Além disso, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis — como doenças cardiovasculares, respiratórias, diabetes, neoplasias de mama e ginecológicas, além da depressão — estão entre as principais causas de morte em mulheres. Diante desse cenário, é preciso promover a conscientização da população e o aprimoramento da formação profissional na área da saúde da mulher, especialmente em um país onde elas representam 51% da população, segundo o último censo do IBGE, de 2022.
Pensando nisso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem como uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) reduzir, até 2030, a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos, o que depende diretamente do acesso das mulheres a cuidados de qualidade antes, durante e após o parto.
História do dia
O Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher foi estabelecido durante o IV Encontro Internacional Mulher e Saúde, em 1984, na Holanda, quando a gravidade da mortalidade materna ganhou destaque. A pauta ganhou força, e, no V Encontro Internacional, realizado em 1987, na Costa Rica, a Rede de Saúde das Mulheres Latino-Americanas e do Caribe (RSMLAC) propôs que, a cada ano, o 28 de maio fosse marcado por ações políticas voltadas à prevenção dessas mortes.