7 de setembro e a outra independência possível: Grito dos Excluídos e das Excluídas

O 7 de setembro é comumente lembrado pela indepedência do Brasil, que aconteceu em 1822 quando, supostamente, D.Pedro (futuro D.Pedro I) proclamou o grito da independência às margens do Rio Ipiranga, na atual cidade de São Paulo. Com isso, o Brasil rompeu sua ligação com Portugal e consolidou-se como nação independente. Contudo, até que ponto o Brasil é um país plenamente independente?

São muitas as mazelas que nosso país carrega e, diante disso, lutar por dias melhores é uma alternativa real. Por isso, lembramos neste dia, principalmente, do Grito dos Excluídos e Excluídas, como símbolo destas lutas que ainda temos que travar em direção a uma verdadeira independência.

Desde 1995, o Grito dos Excluídos e Excluídas acontece no dia 7 de setembro, dia oficial da comemoração da independência do Brasil. Nada melhor do que esta data para refletir sobre a soberania nacional. Nesta perspectiva, o Grito se propõe a superar um patriotismo passivo em vista de uma cidadania ativa e de participação, colaborando na construção de uma nova sociedade, justa, solidária, plural e fraterna. 

Nestes 29 anos de trajetória, o Grito faz um contraponto à história oficial da independência do Brasil. Na contramão dos desfiles cívicos e militares, que sempre marcaram o 7 de Setembro, conclama o povo, sobretudo os pobres e excluídos, a descerem das arquibancadas, deixar o patriotismo passivo, e ocupar praças e ruas na defesa de seus direitos.Assim, o Dia da Pátria se tornou também em um dia de consciência política de luta por uma nova ordem nacional e mundial.

O Grito mudou a cara do 7 de Setembro e da Semana da Pátria. Em todo o país, a cada ano, multiplicam-se manifestações e atividades, por meio de variadas formas de luta e linguagens: celebrações, atos, caminhadas, romarias, seminários, rodas de conversa, festivais, concursos de redação nas escolas, apresentações de música, teatro, dança, poesia, café na praça, programas de rádio, carros e bicicletas de som, lives. 

Nesse sentido, desde 1995, o Grito dos Excluídos e Excluídas tem como objetivo levar às ruas e praças, os gritos ocultos e sufocados, silenciosos e silenciados, que emergem dos campos, porões e periferias da sociedade. Trata-se de revelar, à luz do dia e diante da opinião pública, as dores e sofrimentos que governos e autoridades tendem a varrer para debaixo do tapete. Trazer à superfície os males e correntes profundas que atormentam o dia-a-dia da população de baixa renda.

Quer saber mais sobre como organizar um evento no Grito dos Excluídos? Confira aqui.

Fonte: site de “O Grito dos Excluídos”

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