No 92° dia da greve dos(as) TAEs da UFSM, a Assembleia de greve apresentou à categoria, na tarde desta quinta-feira (13), a proposta divulgada pelo Governo Federal na Reunião da Mesa Específica e Temporária que aconteceu no dia 11 de junho, em Brasília.
A Assembleia iniciou com informes nacionais, com os relatos de Carlos Alberto de Conto e da Rosimar Rubenich, que participaram da última Caravana à capital federal. Carlos – mais conhecido como Beto – parabenizou a mobilização da categoria e avaliou que a última reunião com o governo “foi uma evolução que tem a força do movimento”. Contemplada pela fala do colega, Rosimar comentou sobre a participação no 7° Café com (sem) Lula e na vigília à reunião com o MGI que se estendeu até às 23h da noite de terça-feira (11). Pra finalizar, Rosimar parabenizou a Fasubra, a Assufsm, os(as) TAEs que marcharam em Santa Maria e toda a luta e resistência dos(as) caravaneiros(as) em Brasília.
Nos informes locais, a aposentada Loura Maria da Silveira mencionou a mobilização em Santa Maria, na última terça-feira, que movimentou as ruas do centro da cidade. Em seguida, a coordenadora geral da Assufsm Alessandra Alfaro comentou sobre a visibilidade que a greve tem tomado nas mídias da cidade nos últimos dias e também aproveitou para relatar sobre a reunião com a Superintendência do Husm, na última quarta-feira (12), que tratou das escalas de greve.
Seguindo a pauta da Assembleia, as TAEs Tânia Maria Flores e Rosieli Martini apresentaram o resumo das propostas apresentadas pelo Governo Federal desde a primeira Mesa (19/04, 21/05 e 11/06). Rosieli explicou que todas as mesas foram complementadas: “Tudo que foi negociado até então foi somado, não temos nenhuma perda até agora – a exemplo do step e das capacitações, nesta última reunião.”
Alguns pontos a se destacar da última proposta apresentada: reposicionamento dos aposentados, recuperação das atividades represadas durante a greve, horas fictas (noturnas) e plantões nos HUs serão regulamentadas. Além disso, pode-se destacar a verticalização das tabelas e manutenção das 5 classes, com aumento do step (a diferença percentual constante entre um padrão de vencimento e o padrão imediatamente subseqüente) para 4% em 2025 e 4,1% em 2026.
O Reposicionamento dos(as) Aposentados(as) – pauta de muito interesse, uma vez que, até então, os(as) aposentados (as) não foram contemplados pelas propostas apresentadas pelo Governo – também foi discutido em reunião, conforme informaram as coordenadoras gerais da Fasubra Cristina Del Papa, Ivanilda Reis e Loiva Chansis após a negociação.
A nova proposta do governo para os(as) TAEs aumenta o reajuste médio para 31,2% em quatro anos, apresenta ganhos com progressão na carreira (steps), que aumentarão dos atuais 3,9% para 4,0% em janeiro de 2025 e 4,1% em abril de 2026. Com essa composição, o reajuste acumulado varia de 26,8% a 46,5% dependendo da classe e do nível na carreira. Na reestruturação da carreira, o tempo de progressão diminui de 18 para 12 meses, com aceleração a cada cinco anos. Mudança que permite que se chegue do início ao topo da carreira em 15 anos.
Outro ponto a se destacar é que a Comissão Nacional de Supervisão de Carreira (CNSC) está avaliando a racionalização dos cargos e revisando os afazeres (atribuições), assunto que também está sendo discutido no MEC.
Além disso, na última reunião, o governo se comprometeu a criar um Grupo de Trabalho no MEC para aprofundar o tema do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), no prazo de seis meses.
Agora, a categoria deve decidir se aprova ou não a proposta apresentada pelo Governo. A Assembleia vai acontecer na próxima terça-feira (18), às 9h, no auditório Flavio Miguel Schneider, anexo ao CCR. Participe!
