Como em todo o país, os trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) no Rio Grande do Sul deram início ao que está sendo chamada de “maior greve da história da Ebserh”, nesta quarta-feira (21). Foram realizadas mobilizações no HUSM (Santa Maria), HE-UFPEL (Pelotas) e HU-FURG (Rio Grande) e de hoje até sexta-feira (23), o Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Federais do RS (Sindiserf/RS) está acompanhando e participando das atividades nos hospitais.
“Ninguém faz greve porque quer. A greve é o instrumento do limite, mas legítimo”, declarou a secretária-geral do Sindiserf/RS, Eleandra Raquel da Silva Koch na abertura da reunião realizada com os trabalhadores da Ebserh no HUSM. Ela destacou que a empresa além de não resolver a questão dos Acordos Coletivo de Trabalho (ACTs) espalha Fake News. “Há um grande desencontro de informações promovido pela Ebserh com o objetivo de dividir os trabalhadores”, disse.
A secretária adjunta de Assuntos Jurídicos da entidade, Vera Regina Gomes da Rosa afirmou que a categoria está em um momento decisivo. “Mais do que nunca precisamos mostrar nossa força de mobilização. Por isso, contamos com todos vocês”, enfatizou a dirigente que é trabalhadora do HUSM.
Manifestando solidariedade aos grevistas, o Conselheiro Fiscal do Sindicato, José Francisco Santin reforçou que a mobilização é nacional. “É uma situação que já está colocada e precisamos ter consciência do processo, mas destacar sempre que quem faz a greve são os trabalhadores.”
Na reunião, o assessor jurídico do Sindicato, Cezar Ramos esclareceu as dúvidas dos trabalhadores. O secretário de Assuntos Jurídicos da entidade, Marcos Gladimir Lacerda e o secretário de Administração e Patrimônio, Marcolino Oliveira, também participaram da agenda.
Apoio e mobilização
Após, os diretores do Sindiserf/RS e o comando de greve foram recebidos pela Superintendência do Hospital, onde foi pontuado como se dará o movimento paredista e o cumprimento do percentual de serviços previsto em lei. A Superintendência do HUSM se colocou à disposição dos trabalhadores e manifestou solidariedade à iniciativa.
Em Pelotas, os trabalhadores se manifestaram e dialogaram com a sociedade no calçadão, no centro do município. Já em Rio Grande, a mobilização ocorreu em frente ao Hospital Universitário.
Para o secretário de Saúde do Trabalhador do Sindiserf/RS, Reginaldo Valadão o início do movimento paredista foi bastante positivo. “Já sentimos os impactos da greve e não vamos recuar”, disse ele que é trabalhador do HU-FURG e representante da categoria na mesa de negociação.
Nesta quinta-feira (22), os diretores do Sindicato estarão em Pelotas, participando das atividades e esclarecendo a categoria no HE-UFPEL.
Mobilização nacional – ainda na tarde de hoje, a Condsef/Fenadsef convocou uma reunião com o comando nacional de mobilização dos empregados da Ebserh. Pois a direção da empresa voltou a recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) que concedeu nova liminar à empresa onde limita percentuais de adesão à paralisação de atividades da categoria.
Fonte: Sindiserf/RS
Fotos: Renata Machado (Sindiserf/RS) e divulgação