Além de congelar salários e aposentadorias, governo quer lesar trabalhador e acabar com deduções do IR

Uma nova granada do ministro da Economia, Paulo Guedes, contra a população surgiu nesta terça-feira (25/10). Após o vazamento pelo jornal Folha de São Paulo na última semana do plano de congelamento do salário mínimo e das aposentadorias depois do segundo turno das eleições, hoje o governo tenta desmentir que haja estudos para acabar com as deduções de despesas médicas e educação no IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física).

Nota divulgada pelo Ministério, em resposta ao jornal O Estado de São Paulo, afirma que a medida é totalmente descabida de fundamento qualquer ilação neste sentido. “A posição oficial do Ministério da Economia é dada pelo ministro. Em relação a um suposto relatório com tal proposta, cuja validade não é reconhecida, o Ministério afirma que se trata de atividade recorrente a confecção de ensaios, estudos, proposições, cenários, análises, entre outros trabalhos, sob as mais diferentes visões por parte dos técnicos. Esse tipo de atividade não representa, de antemão a opinião, posição ou decisão do Ministério e do ministro”, diz o comunicado.

Mais uma vez, o governo Bolsonaro volta atrás e tenta contestar estudos que seriam prejudiciais ao povo brasileiro e podem comprometer o resultado das eleições no próximo domingo (30/10). O arrocho afetaria mais de 70 milhões de brasileiros, caso a alteração do reajuste do salário mínimo pela inflação seja implementada.

Durante sabatina no último domingo (23/10) na TV Record, o candidato Bolsonaro novamente tenta confundir o eleitorado e para amenizar os danos causados pelo vazamento da proposta mente sobre o possível congelamento. “O que ele declarou há poucos dias? Que nós daremos, sim, um aumento acima da inflação para o salário mínimo, para os aposentados e para os servidores. Eu acredito no ministro Paulo Guedes”, afirmou. Em outro trecho, Bolsonaro afirma que Paulo Guedes “tem meios e sabe como o botar em prática esse reajuste acima da inflação para aposentados, para pensionistas, para servidores, para militares, e para os aposentados também rurais, que é o número enorme que temos no Brasil”.

Não bastasse o Brasil ter uma das maiores cargas tributárias do mundo, o ministro liberal Paulo Guedes pretende lesar ainda mais a classe trabalhadora com a retirada das deduções do IR e manter congelados salário mínimo e aposentadorias. Sem falar que se servidoras e servidores não se mantiverem mobilizados, o governo tenta aprovar a nefasta reforma administrativa (PEC 32) para acabar com o serviço público.

A FASUBRA Sindical, por deliberação da última Plenária Nacional, aprovou o apoio à candidatura de Lula. O país não aguenta mais quatro anos de bolsonarismo, de ameaças golpistas, de corrupção e de sua política de destruição em inúmeros setores, em especial, nas áreas de meio ambiente, Ciência, Educação e Saúde.

Foto: Agência Brasil
Fonte: FASUBRA

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