Na tarde do dia 11 de maio, no Auditório da Progep – Prédio 48C, aconteceu a roda de conversa sobre Economia do cuidado: O trabalho invisível feminino. A temática foi abordada pelas professoras Leonice Mourad e Milena Freire, que na ocasião debateram e conceituaram economia do cuidado e como a relação de trabalho e as diversas rotinas profissionais e pessoais das mulheres podem causar adoecimento.
As participantes – em sua totalidade, mulheres – deram relatos sobre as suas vivências pessoais de cuidado com os filhos e com o trabalho doméstico. Tratam-se de tarefas invisibilizadas que sobrecarregam a mulher e podem, por vezes, acarretar em problemas físicos, emocionais e psicológicos. Foi pontuado também que, o fato do debate não ter contado com a presença de homens, por si só, já diz muito. Ainda há muito que se avançar.
A coordenadora geral da Assufsm, Loiva Chansis participou do evento. Para ela, o tema discutido é fundamental para termos conhecimento da realidade cotidiana da mulher. “Aparentemente, a Economia do Cuidado é um tema que parece novo, mas quando a gente vai pensar e discutir vemos que é uma realidade cotidiana. Que é um aspecto cultural estruturado do mundo, do mercado e machista”, afirma Loiva.
De acordo com Loiva, o debate precisa também ser prioridade da gestão da Universidade, uma vez que são muitas as mulheres que acumulam diversas tarefas fora daqui.
“É importante dizer que somos privilegiadas por ter espaço. Mas isso não significa que as mulheres – em especial as mulheres mães – não enfrentam dificuldade no cotidiano. Temos inúmeros exemplos dentro da Universidade: do/a filho/a que adoeceu e a mãe carrega a preocupação com aquela burocracia de estar batendo ponto no trabalho; a estudante que não tem onde deixar o/a filho/a; a docente ou a TAE que interrompe a vida profissional ou deixa de ocupar um espaço na gestão, porque outras atribuições lhe são delegadas exclusivamente pelo fato de ser mulher”, pontua a coordenadora.