A Direção Nacional da FASUBRA manifesta sua discordância com o processo de fusão entre o Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE) com o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG), articulado pelo Ministério da Saúde, reitoria da UNIRIO e EBSERH, que visa contratar a empresa para gerir um eventual novo hospital universitário. A FASUBRA vem acompanhando a EBSERH, que não tem demostrado o compromisso anteriormente firmado em solucionar os diversos problemas na gestão hospitalar, como contratação de trabalhadores públicos sem a devida isonomia, ou seja, com vínculos diferentes.
Isso tem gerado conflitos que se agudizam a partir de uma gestão verticalizada e pouco democrática. É preciso ouvir a comunidade antes de deliberar o futuro de uma nova gestão. Uma fusão significa a ampliação, não só do alcance da EBSERH, que já se estende por quase a totalidade dos hospitais universitários, mas também de seu escopo, atingindo novas estruturas do poder público federal, com seu modelo de gestão por direito privado e contratação pela CLT.
A EBSERH, ao longo de mais de uma década de experiência em contratos com universidades federais, não cumpriu com seus objetivos anunciados de solução da crise de subfinanciamento dos HU’s ou da garantia da permanência de gestão democrática das unidades administradas por ela. Hospitais da rede vinculados à empresa, que garantem ao menos a escolha de dirigentes por consulta pública, são exceções que a FASUBRA vem lutando para universalizar, com muita dificuldade na negociação com a direção da estatal. Além da ampliação do alcance e do escopo de um modelo que não favorece o controle social, a gestão democrática e as condições de trabalho aos profissionais que atuam nos hospitais, o acordo de cooperação técnica assinado na UNIRIO foi feito de forma acelerada e sem nenhum diálogo com a comunidade universitária da instituição, seguindo um ritmo e um método muito comuns nos processos de adesão ao modelo, por parte das universidades federais.