Além da programação e da Feijoada que a Assufsm está promovendo para o novembro negro, o GT Políticas Sociais e Antirracistas também irá homenagear algumas personalidades negras da UFSM que estavam e estão na militância. Na sequência, vamos homenagear a TAE Jiele Medianeira dos Santos Silva.
Abaixo, confira o texto de homenagem para Jiele:
Jiele Medianeira dos Santos Silva, ingressou na Universidade como estudante do curso Tecnologia em Alimentos, em 2009, de acordo com ela, até concluir seu curso passou por várias dificuldades.
“Sou oriunda de uma família de 6 irmãos e para me manter no curso trabalhei em diversas áreas e locais, e precisei fazer um esforço para conciliar trabalho com os horários das aulas, trabalhei como copeira no Husm”, conta.
Ela ingressou como servidora da Universidade em agosto de 2017. Atualmente a TAE é Assistente de Laboratório no Banco de Sangue do HUSM.
“Sofri discriminação por ser cotista logo que ingressei como servidora na instituição em 2017. Sempre deixei explícito que ingressei por cotas tanto na graduação quanto no serviço público, considerado necessária ações reparatórias e compensatórias para os grupos historicamente marginalizados. Vencer o preconceito em relação ao sistema de cotas é uma luta diária, somos resistência e temos que persistir e acreditar num futuro melhor como nossos ancestrais o fizeram por quase 400 anos de escravização”, relata.
Sua participação no Sindicato é ativa e democrática. Jiele destaca que é importante ter direito a voz e voto, pois, para ela, quem não usufrui desse direito perde o direito de contestar depois.
“Vejo o apoio do sindicato, muito necessário para a luta antirracista, pois a juventude negra precisa acreditar que nós também podemos e merecemos vencer através da educação. Mas, para isso, a instituição precisa elaborar políticas públicas para enfrentar as desigualdades, precisa ter missão na promoção da equidade, e oferecer possibilidades da juventude negra ascender, precisa ter como pauta do dia o antirracismo para que se possa avançar enquanto sociedade”, explica Jiele.
