Hoje (28), os Técnicos em Enfermagem do Hospital Caridade de Santa Maria completam 7 dias em greve. A Assufsm esteve no Comando Local de Greve dos Técnicos para declarar seu apoio e se mostrar disponível para o que precisarem.
A greve iniciou na quinta-feira passada, dia 21/11, e está em busca por melhores condições de trabalho para os técnicos e técnicas de um hospital tão importante e reconhecido para o Rio Grande do Sul. Rosa Helena Teixeira, atual presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde (Sintrasa) explica o que motivou o início da greve:
“Isso é uma coisa que já vem de muito tempo, nós estamos sofrendo muito por falta de funcionários, acarretando em excesso de trabalho e responsabilidades. Também uma coisa que a gente está questionando muito é o piso da enfermagem, o pessoal estava recebendo para complementar o piso e foi retirado subitamente. Eles estão falando na mídia que voltaram a pagar, e realmente, eles depositaram uma quantia que ninguém tá entendendo que quantia é essa, porque é bem menor do que a gente recebia antes. A luta é pelo piso, a luta é por respeito ao profissional e também por condições de trabalho”, explica.
Apoio da Assufsm
Na quarta-feira (27), a Coordenadora Geral Natália San Martin e a coordenadora de Formação Política Sindical Vanessa Teixeira Kunz Paraginski estiveram no local onde os grevistas estão ocupando, em frente ao Hospital Caridade. Elas representaram a coordenação da Assufsm para decretar seu apoio ao movimento dos Técnico em Enfermagem.
As duas mencionaram a importância da luta que está sendo construída ali e se solidarizaram com a causa. Além disso, compartilharam sua experiência com a greve de 2024, deixando a esperança de que a luta vale a pena, mesmo que árdua. Veja o vídeo desse momento, clicando aqui.
Assufsm também esteve representada ao lado dos técnicos e técnicas na terça-feira (26) quando estiveram presentes na Câmara de Vereadores. Os grevistas foram convidados para participar da Comissão de Saúde, onde puderam expor para os representantes da cidade sua causa e pedir para que ajudassem nessa luta.
Negociações
De acordo com Rosa, ainda não foram mencionadas possíveis negociações com a administração do Hospital. Ela ainda acrescenta que os Técnicos querem voltar a trabalhar, mas para isso precisam que suas reivindicações sejam atendidas. Mais de 700 funcionários estão em busca de respostas para seus pedidos.
Uma petição pública está circulando nas redes também para que mais apoiadores da causa dos e das técnicas em enfermagem possam se manifestar e engajar na luta dos trabalhadores(as) da saúde, que dentre inúmeros relatos, sofrem de assédio moral, desrespeito, e desgaste psicológico, além da recusa do hospital em implementar o piso salarial na carteira de trabalho e resolver outras questões salariais. Assine você também clicando aqui.