GT Reforma Administrativa: Serviço Público à beira da privatização; momento é de mobilizar o funcionalismo

O Grupo de Trabalho da Reforma Administrativa foi oficialmente criado em 28 de maio e tem 45 dias para avançar sobre direitos históricos do funcionalismo público. O que está em jogo vai muito além de mudanças pontuais: trata-se de um ataque coordenado contra os servidores(as) públicos(as) e contra os serviços essenciais prestados à população brasileira.

O governo tem dado sinais e está ignorando as representações legítimas das trabalhadoras e trabalhadores do serviço público, e abrindo espaço para setores empresariais e parlamentares alinhados com a pauta do desmonte do Estado. A prioridade está sendo dada a figuras como Zé Trovão (PL-SC) e entidades como a FIESP, enquanto as vozes do funcionalismo seguem deliberadamente excluídas do debate.

Dentro do GT, ganham espaço propostas que representam retrocesso: flexibilização de vínculos, avanço das terceirizações e contratação temporária como regra. O que se apresenta como “modernização” é, na prática, a destruição da estabilidade, a precarização do trabalho e o esvaziamento dos serviços públicos, com repasse direto de recursos para o setor privado.

Não há diálogo real. Há uma tentativa de passar por cima da organização sindical e impor um modelo de Estado submisso aos interesses do mercado.

Diante disso, as entidades sindicais precisam ampliar imediatamente suas ações. A resistência precisa ser concreta, organizada e visível. Cada base deve se preparar para enfrentar esse processo de forma ativa, com pressão nas ruas, nos locais de trabalho e nos espaços políticos.

Recuar agora é abrir caminho para o fim dos serviços públicos. Nenhuma concessão. Nenhuma ilusão. A resposta precisa ser à altura da ameaça.

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