A exemplo do que aconteceu no último domingo (22), quando milhares de pessoas foram às ruas em diversas capitais e cidades brasileiras para protestar contra a chamada “PEC da Blindagem” e contra a Anistia, em Santa Maria, a manifestação ocorreu ao final da tarde de quarta-feira (24), convocada pela Frente Única dos Servidores Públicos (composta por Assufsm, Sedufsm, Atens, Cpers e Sinprosm, com apoio do DCE da UFSM).
As mobilizações, que reuniram trabalhadores(as), estudantes e representantes de entidades da sociedade civil, tiveram como objetivo pressionar o Senado a rejeitar a proposta. A pressão deu resultado: na quarta-feira (24), a PEC foi arquivada e considerada derrotada.
Em Santa Maria, a concentração iniciou na Praça Saldanha Marinho, no Centro da cidade, reunindo representantes de sindicatos, de entidades estudantis, além de servidores(as) municipais e estaduais. O ato marcou a adesão da cidade ao movimento nacional e reforçou a importância da mobilização popular na conquista recente.
Entre as falas, estiveram os coordenadores gerais da Assufsm, Ciro Oliveira e Natália San Martin, e a coordenadora geral da FASUBRA Loiva Chansis. Os(as) coordenadores(as) destacaram que a vitória contra a PEC da Blindagem demonstra a força da organização coletiva, mas alertaram que a luta deve continuar, chamando atenção para outro ataque direto aos serviços públicos: a Reforma Administrativa.
A crítica à Reforma Administrativa esteve presente em diversas falas. A proposta, em tramitação no Congresso, pode reduzir direitos trabalhistas, ampliar formas de contratação precária e abrir caminho para a privatização de serviços essenciais, como saúde, educação e assistência social. Para os(as) coordenadores, a Reforma não atinge apenas servidores(as), mas toda a sociedade, ao comprometer o caráter universal e de qualidade do serviço público.
Após os pronunciamentos, os(as) manifestantes saíram em marcha pela região central da cidade em direção à Câmara de Vereadores. No percurso, em clima de resistência e unidade, entoaram o Hino Nacional, puxaram jograis e cantaram palavras de ordem em defesa da democracia, da justiça social e da valorização do serviço público.
