Diversas entidades da educação e do funcionalismo público participaram, na tarde de quinta-feira (04), de um importante Ato Nacional Conjunto realizado no centro de Porto Alegre. A mobilização, deliberada em plenária da FASUBRA, reuniu delegações de diferentes regiões do estado, entre elas a da ASSUFSM, e teve como foco principal a resistência à Reforma Administrativa e a defesa do cumprimento integral dos acordos firmados durante a última greve da categoria.
O ato integrou a jornada nacional de lutas proposta pela federação, somando forças com sindicatos como a AsufPel, ASSUFRGS, APTAFURG, entre outros, que se uniram para denunciar os impactos da proposta de reforma sobre o serviço público brasileiro.
“Estamos aqui para defender o serviço público”, afirma coordenação da ASSUFSM
Durante a atividade, o Coordenador Geral da ASSUFSM Guilherme Elwanger, destacou a importância da mobilização unificada e lembrou que as categorias estão organizadas desde o início da semana.
“Estamos aqui em Porto Alegre, no Ato Unificado convocado pela FASUBRA, contra a reforma administrativa. Realizamos paralisação no dia 3, com atividades em Santa Maria, e nesse dia 4 nos somamos aos companheiros de diversas entidades para combater essa reforma que visa arrebentar o nosso serviço público”, afirmou. Ele reforçou também a necessidade de garantir o cumprimento integral do acordo de greve firmado com o governo federal, em 2024.
Necessidade de ampliar a mobilização
Para a Coordenadora de Formação Política e Sindical da ASSUFSM Sandra Rocha, apesar da importância do ato, ainda é preciso intensificar o trabalho de base e ampliar a conscientização social sobre os impactos da reforma administrativa.
“O ato foi muito importante para nossa luta, mas acredito que ainda temos pouca gente mobilizada. Precisamos ir mais à base, fazer com que a categoria e a população entendam a gravidade da PEC, que vai desmontar o serviço público, especialmente a educação e a saúde”, avaliou.
Sandra ressaltou que a população, usuária direta dos serviços públicos, muitas vezes não percebe o alcance da proposta e tende a se afastar dos debates. “A educação é base de tudo, é prevenção. Precisamos que trabalhadoras e trabalhadores se somem à luta. O trabalho de formiguinha, um por um, é o que vai impedir que essa PEC avance”, disse. Ela também chamou atenção para a importância da escolha consciente de representantes políticos nas próximas eleições.
Ato reforça presença e unidade da categoria
A Coordenadora Geral da ASSUFSM e da FASUBRA Loiva Chansis, destacou a presença expressiva das delegações e a importância de dialogar diretamente com a população sobre os riscos da reforma.
“Estamos aqui conforme deliberação da plenária da FASUBRA. Santa Maria mais uma vez se fez presente, junto com companheiros de Pelotas, Rio Grande e outras regiões. Foi um ato importante, e encerramos nossa atividade na frente do Parque Municipal conversando com a população e alertando: se essa reforma passar, será a destruição do serviço público e do atendimento de qualidade. A luta continua”, declarou.
Mobilização segue nacionalmente
O Ato Nacional Conjunto em Porto Alegre integrou um calendário mais amplo de mobilizações que vêm sendo realizadas em todo o país. As entidades reforçaram que permanecerão em estado de alerta e articulação para impedir o avanço da reforma e pressionar pelo cumprimento dos acordos firmados com o governo federal.
A FASUBRA e os sindicatos presentes afirmaram que novas ações poderão ser convocadas caso o Congresso avance na tramitação da proposta, reafirmando o compromisso com a defesa do serviço público, da educação e dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores.
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