Representantes do Comando Nacional de Greve (CNG) participaram de um seminário sobre recomposição orçamentária, que ocorreu na Associação dos Docentes da UnB (ADUnB), na Universidade de Brasília (UnB), na tarde de quarta-feira (08). Durante os debates, foi possível o estudo mais aprofundado sobre dados da recomposição orçamentária nas Instituições Federais de Ensino Superior, através de esclarecimentos trazidos pelo DIEESE.
A recomposição orçamentária está em pauta na greve dos Técnicos Administrativos e Administrativas em Educação, já que é uma medida essencial para garantir a qualidade e a continuidade do ensino superior e técnico no Brasil e contribui para a democratização do acesso ao ensino superior e técnico, uma vez que as bolsas de estudo e pesquisa permitem que estudantes de baixa renda tenham oportunidades de formação acadêmica e profissional, reduzindo as desigualdades sociais e econômicas no país.
Para 2024, foi aprovado um orçamento de R$ 5.957.807.724,00 para as universidades federais, ou seja, um valor R$ 310.379.156,00 menor do que o orçamento de 2023. As entidades ligadas à educação têm alertado consistentemente sobre a crise crescente nas universidades do país. Entre 2010 e 2021, os cortes no orçamento para custeio foram de 37%, enquanto os investimentos sofreram uma redução de cerca de 70%. Essa realidade de falta de recursos compromete o pagamento de bolsas, aquisição de insumos laboratoriais e a conclusão de obras, além de dificultar a expansão para acomodar novos alunos.
A Andifes destaca a necessidade urgente de um acréscimo de R$ 2,5 bilhões no orçamento discricionário das universidades federais, juntamente com R$ 1,656 bilhão para os institutos federais e mais R$ 200 milhões para a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) para garantir o funcionamento mínimo em 2024.
Por fim, participaram do seminário representantes da FASUBRA, ANDES e Sinasefe, bem como o DIEESE.
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