Passados nove anos da implementação da lei de reserva de vagas com recorte racial, a UFSM ainda naõ possui o mínimo de servidores negros em seus quadros docentes e técnicos. Conforme dados do Painel Estatístico de Pessoal, o perfil do(a) servidor(a) da Instituição é de mais de 90% branco.
Somando-se aos demais ordenamentos que visam a diminuição das desigualdades raciais no serviço público, no dia 21 de março deste ano, foi promulgado o Decreto n° 11.443/23 que definiu que os órgãos devem preencher no mínimo em 30% de pessoas negras os cargos comissionados executivos e funções comissionadas, FG, CD e FCC.
Frente ao não cumprimento do Decreto, na manhã do dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, a Assufsm entregou em mãos diante de todos(as) os(as) Pró-Reitores(as) um ofício à Reitoria da UFSM. No documento, pede-se que a UFSM se adeque aos percentuais descritos no Decreto e faça um melhor acompanhamento das políticas públicas para promoção igualdade racial no ambiente universitário, com a promoção de ações para diminuição dos casos de racismo e injúria racial, e a inclusão do critério “raça” em todos os recortes do portal UFSM em números (discentes, docentes e técnicos).
A coordenadora geral da Assufsm Alessandra Alfaro e o coordenador de Esporte, Cultura e Lazer Paulo Quadrado – enquanto coordenadores negros da gestão 2023/2025 – fizeram falas no sentindo de reforçar a importância da luta pela equidade no serviço público. Na ocasião, também estiveram presentes os coordenadores de comunicação da Assufsm Guilherme Elwanger e Joel Ramos, o coordenador Financeiro e Patrimonial Elton Rogério de Quadros e a coordenadora suplente Gabriela Malaquias.
Confira o ofício na íntegra aqui.