Na noite desse domingo (06), iniciou, em Poço de Caldas-MG, o 23º Confasubra, Congresso Nacional da Fasubra que definirá um plano de lutas para a Federação e a nova gestão para o biênio 2018-2020. Na mesa de abertura estiveram presentes os atuais coordenadores da Fasubra, Gibran Jordão, Léia de Souza e Rogério Marzolla, além de representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) CSP Conlutas, CTB (Central dos Trabalhadores Brasileiros), CUT (Central Única dos Trabalhadores), Intersindical.
Abrindo a mesa de abertura, o coordenador geral Gibran Jordão relembrou que a data do primeiro dia do congresso, também marca 200 anos de nascimento de Karl Marx, líder ativista que representa um símbolo na luta de classes e trabalhista. Durante a fala, ele reforçou o desafio que a 23ª edição do Congresso tem pela frente, na construção coletiva de debates que envolvam a conjuntura nacional, a luta em defesa da universidade pública, a luta pela carreira e contra as opressões.
“Esse é o nosso desafio, votar resoluções que fortaleça um calendário de lutas unificado que possa acumular forças junto com os movimentos sociais, junto com as centrais sindicais e juntos com trabalhadores (as) de outras categorias”, reforçou o coordenador.
Logo após, a também coordenadora geral Léa de Souza, salientou a importância da luta unificada contra as terceirizações, política de cortes e principalmente contra o Decreto 9262/2018 que extingue cargos importantes da carreira dos técnico-administrativos (as) em educação. Para ela, a união da juventude sindical com aqueles (as) que já vem construindo o movimento há mais tempo é fundamental para a nova gestão da Fasubra e para a luta.
“É essa unidade que nós precisamos para a Fasubra, independente de diferenças ideológicas, nós devemos nos unir porque os desafios são muitos. Hoje o maior desafio que essa Federação enfrenta é o combate à mídia hegemônica e golpista, que lamentavelmente ainda convence parte da nossa base”, ressalta. A coordenadora ainda frisa que é importante formar uma base que entenda a luta e reconheça a história da Federação.
Em consonância, o coordenador geral Rogério Marzolla complementa que é necessário olhar para a frente e analisar o que pode ser feito para combater todos esses ataques que são recorrentes a classe trabalhadora. Para ele, a principal forma de combate é ocupar as ruas, fortificando a luta com outras categorias.
“Alternativas classistas de luta se faz nas ruas e essa Federação tem que fazer o chamado, aproveitando todas as Centrais que estão nessa mesa. Precisamos sim de uma Greve Geral nesse país porque é através dessa ferramenta da classe trabalhadora que é possível derrotar as investidas econômicas que estão agora em curso”.
Durante o debate, as demais entidades também ressaltaram a importância de se unir contra o inimigo comum que é o Governo e a Mídia Hegemônica. A histórica Greve Geral de 28 de abril de 2017 foi referência nos discursos para mostrar que a unidade na luta tem força significativa contra o Governo. Também esteve presente ao longo das falas da mesa de abertura, Marielle Franco (executada em março deste ano pelo Estado), como símbolo de resistência e luta pela população negra e periférico.
Logo após a mesa de abertura, em regime de votação, foi aprovado o Regimento Interno do Congresso e o 1º dia de evento encerrou com a cultural da banda The Pulso In Chamas.
Apresentação das Teses
As teses foram antecipadas e defendidas neste primeiro dia. As apresentações contêm propostas de repercussão nacional sobre aspectos que envolvem a categoria dos técnico-administrativos (as) em educação com relevância local e nacional. No total foram apresentadas 9 propostas para discussão.