Dezenas de sindicalistas se reuniram na Faculdade de Ensino (FACED) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no fim da manhã de quinta-feira, 10 de agosto, para participar do Dia Nacional de Paralisação e Lutas por salário e carreira, chamada pela FASUBRA.
Pela Assufsm, mais de 30 representantes estiveram presentes no ato. Dentre eles, a Coordenadora Geral da Assufsm e FASUBRA Loiva Chansis, o Coordenador Financeiro e Patrimonial e representante do Conselho Fiscal da FASUBRA Elton Rogério, o Escadinha, o Coordenador de Esporte CUltura e Lazer da Assufsm Paulo Voigt e o Coordenador de Comunicação da Assufsm Ciro Oliveira.
Estiveram presentes também sindicalistas da UFPEL, UFRGS, UFCSPA, IFRS, ANDES e SINASEFE. Os movimentos objetivaram somar-se à luta Unificada, e tiveram a acolhida da Assufrgs, sindicato dos e das TAEs da UFRGS, que vive, atualmente, sob um reitor interventor, não podendo exercer a democracia e autonomia universitária. Por isso, faixas pedindo a destituição já do Reitor foram asteadas e acompanharam os e as manifestantes durante o ato e na marcha que encerrou a atividade em frente à Reitoria da UFRGS, onde foram recebidos com portões fechados.
Durante as manifestações, em frente ao prédio da FACED, as falas permearam a defesa do serviço público, o arquivamento da PEC 32, melhorias na carreira TAE, o reajuste digno de salário, a defesa da paridade e da democracia universitária bem como a contrariedade do novo ensino médio, a luta dos profissionais da saúde nos HUs, o Arcabouço Fiscal e como ele prejudica todo o funcionalismo público bem como as minorias como negros(as) e indígenas, e a lei de cotas, que fez 10 anos em 2023 (veja a campanha).
O Coordenador de Comunicação da Assufsm Ciro Oliveira participou da mobilização do dia 10 e conversou com o Setor de Comunicação da Assufsm.
“Aqui em Porto Alegre, estamos retomando as mobilizações de rua, em conjunto os Servidores Públicos da Educação de todo o estado e tivemos uma participação muito boa de quatro universidades federais (UFSM, UFPEL, UFCSPA, IFRS), além do Andes e Sinasefe, que apoiaram a luta com Servidores Técnicos e Técnicas, em um momento que a gente precisa intensificar as mobilizações das universidades”, afirma ele.
A Coordenadora Geral da Assufsm e da Fasubra Loiva Chansis também conversou com o Setor de Comunicação da Assufsm e reafirma o compromisso de reorganização e luta sindical, nesse momento.
“Nós, enquanto entidade sindical, seguimos a orientação da nossa Federação e também do conjunto dos Servidores Federais e fomos à Porto Alegre para demarcar esse dia nacional de lutas. Muito em razão do governo ter alterado uma data de forma unilateral, da mesa de negociação, que deveria ter sido dia 4 de agosto, por isso, não tem como a gente não lutar sem ter mobilização e reorganização da categoria”, comenta ela.
A TAE Aposentada do HUSM Angelita do Amaral esteve na caravana e pontuou, especificamente a luta dos HUs, piso da enfermagem e a mobilização da categoria em sua fala para a Camunicação da Assufsm.
“O piso da enfermagem é algo que lutamos para conseguir e desejamos o pagamento, pois, da mesma forma que fomos aplaudidos e aplaudidas durante a pandemia, desejamos ter esse reconhecimento no salário. O ato foi importante para que mobilizemos a categoria e lutemos pelos nossos direitos”, declara ela.
O TAE lotado na Gráfica Paulo Ronaldo da Silva Martins, conhecido como Paulo Quadrado, também se manifestou no ato e conversou com a Comunicação da Assufsm.
“Esse dia foi um dia muito importante para as lutas específicas da nossa categoria de Técnicos(as) das Universidades Públicas Federais. Dentro desse contexto é importante de salientar que quando o governo tem na sua pauta o arcabouço fiscal e a PEC 32, nós não podemos esquecer que as camadas que mais vão sofrer vai ser nós negros e negras, os indigenas e, principalmente, o serviço público e quem depende dele, por isso temos que lutar por nossos direitos” enfatiza ele.
MESA DE NEGOCIAÇÃO COM O GOVERNO
Além disso, a Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) ocorreu na tarde dessa quinta-feira (10) e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou a entidades representativas do funcionalismo e centrais sindicais que a apresentação de uma proposta de reajuste para o conjunto dos servidores(as) do Executivo Federal está condicionada à aprovação do PLP 93/2023, conhecido como ‘novo arcabouço fiscal’. Dessa forma, a 3ª reunião da Mesa terminou sem nenhum avanço na pauta econômica que tem no centro do debate a recomposição salarial e de benefícios, como auxílio-alimentação e plano de saúde, entre outros.
De acordo com o governo, enquanto não for aprovado um novo sistema, o que prevalece é a regra imposta pela EC 95/16, do Teto de Gastos. Nesse cenário, a possibilidade de reajuste ao funcionalismo se torna inviável, o que ainda segundo o MGI não é o que o governo pretende, mas é a realidade até que o novo arcabouço (PLP 93/23) seja votado.
Sem previsão para definição de uma proposta de percentual de reajuste, as reuniões da MNNP foram suspensas até 1º de setembro. Como há um prazo regimental para que o Executivo envie proposta para o orçamento do próximo ano até o dia 31 de agosto, as entidades sugeririram que na proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) e Plano Plurianual (PPA) estejam definidas verbas para recomposição salarial, recomposição de benefícios e reestruturação de carreiras. Com isso, é possível seguir o processo de negociações em busca de consensos sobre os temas centrais em debate na MNNP.
Por fim, o ato terminou em marcha pedindo a destituição já do Reitor interventor da UFRGS, como já mencionado. Veja mais fotos clicando aqui. O vídeo das falas está disponível abaixo:
Texto com informações da Condsef/Fenadsef sobre a Mesa Nacional de Negociação Permanente