Assufsm presta homenagem à Adriane Ribeiro Rodrigues, a Mãe Adri do Reino de Oxum Pandá

Neste 25 de julho, Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, a Assufsm – por meio do GT Políticas Sociais e Antirracismo – presta uma homenagem profunda e sentida à memória de Adriane Ribeiro Rodrigues, carinhosamente conhecida como Mãe Adri do Reino de Oxum Pandá. Sua partida deixa um legado poderoso que ecoa nos corações e nas lutas de todos(as) que tiveram o privilégio de caminhar ao seu lado.

Mãe Adri foi muito mais do que uma liderança religiosa. Ela foi mulher preta de axé, de coragem, de generosidade e sabedoria. Em novembro de 2024, a Assufsm teve a  honra de contar com sua presença e apoio na Feijoada do Dia da Consciência Negra da Assufsm, realizada no DTG Noel Guarany.

“Prestamos homenagem à memória luminosa de Adriane Ribeiro Rodrigues, a quem tantos de nós conhecemos com carinho como tia Dani, Adri, mãe, tia, vó, irmã, e filha de pais já falecidos — e, para o mundo espiritual, Mãe Adri de Oxum Pandá,” escreve sua sobrinha, Lucia Mariaci Ribeiro Martins, com a sensibilidade de quem viveu de perto a grandeza de sua história.

Lucia lembra que Adriane foi a caçula de doze irmãos e irmãs, nascida em circunstâncias difíceis, mas desde o primeiro sopro demonstrando a força que a acompanharia por toda a vida. Cresceu em um lar de orgulho negro, filha de pais atuantes no histórico Clube Treze de Maio, que plantaram nela o senso de pertencimento e de luta pela dignidade do povo preto.

Ainda jovem, Adriane brilhou no Carnaval, sendo coroada Rainha aos 17 anos, representando a Escola de Samba Vila Brasil. Mas seu reinado foi além da folia — foi o início de uma caminhada de representatividade, amor-próprio e resistência.

Mais tarde, encontrou na espiritualidade um chamado: “Iniciou sua jornada religiosa na Umbanda ainda muito jovem, através de sua mãe e irmã mais velha, que já eram umbandistas”, relata Lucia. Foi assim que se consolidou como Mãe Adri de Oxum Pandá, mulher de fé inabalável, que transformou seu terreiro em centro de acolhimento, formação e solidariedade.

Ali, como lembrou Lucia, “vivia sua espiritualidade com profunda dedicação à caridade e ao cuidado com os outros — especialmente com crianças e idosos. Sua sabedoria, generosidade, coragem e fé foram marcas constantes em sua caminhada” . Cada passo de Adriane foi guiado por sua ancestralidade negra, pela força de suas raízes e pelo compromisso com o bem coletivo.

“Nos despedimos de seu corpo, mas sua luz permanece viva em nossas lembranças, em nossos corações e em cada vida que ela tocou,” conclui a sobrinha.

Neste dia tão simbólico para a luta e a valorização das mulheres negras, reafirmamos que Mãe Adri segue viva em cada gesto de cuidado, em cada ato de resistência, em cada mulher que não se cala.

#AdrianePresente
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