Na manhã dessa terça-feira, 13 de maio, a Assufsm realizou uma live para debater a representatividade e políticas afirmativas de cotas na UFSM. A live contou com a presença da TAE Angela Souza integrante do NEABI, da Coordenadora Geral Alessandra Alfaro, do Coordenador de Esporte Cultura e Lazer Paulo Quadrado e da TAE Aposentada Vânia Paulon. A data da live foi escolhida pelo GT Políticas Sociais e Antirracistas da Assufsm, visto o marco do dia 13 de maio: a Lei Áurea foi assinada em 13 de maio de 1988, e aboliu oficialmente a escravidão no Brasil.
No entanto, essa liberdade veio sem reparações, sem terras, sem acesso à educação ou emprego. Milhões de pessoas negras libertas foram deixadas à própria sorte, dando origem a desigualdades que perduram até hoje. Essa data precisa ser lembrada não apenas como um marco legal, mas como o início de uma nova fase de luta: a luta por direitos, dignidade e reparação histórica.
Na Assufsm, a data foi pautada pelo debate da representatividade e do movimento negro dentro, e fora, dos arcos da Universidade Federal de Santa Maria, onde o e as participantes puderam colocar suas lutas, realizar reflexões e questionamentos e impulsionar os próximos debates para os candidatos(as) à reitoria. Angela, Vânia, Alessandra e Paulo Quadrado são unânimes ao dizer que os candidatos(as) à reitoria da UFSM precisam debater sobre as políticas afirmativas de cotas dentro da Universidade, para que mais negros e negras acessem os espaços de ensino e, principalmente cargos de poder, na UFSM.
O Espaço Sindical foi ampliado em 1h para essa discussão e também foi transmitido em nosso YouTube. Se você perdeu, pode conferir a entrevista completa clicando aqui.
COTAS NO SERVIÇO PÚBLICO
No dia 7 de maio também foi aprovado, no Senado Federal, o Projeto de Lei 1.958/21, que garante cotas de 30% em concursos públicos da esfera federal para pessoas autodeclaradas pretas, pardas, indígenas e quilombolas.
A aprovação desse PL é uma conquista importante, pois ele amplia a atual política (que já havia vencido, mas vigorava de forma provisória), que garante 20% de reserva de vagas, agora estendendo o direito para indígenas e quilombolas. Assim, a aprovação do PL atende a uma importante reivindicação destes segmentos sociais e do funcionalismo público.
Medidas como adoção de cotas nos serviços públicos são fundamentais, pois atuam para incluir segmentos da população historicamente marginalizados, além de democratizar, do ponto de vista racial, o serviço público (veja mais aqui).
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