Gisele Silveira ingressou na UFSM em 2009, como recepcionista pela empresa terceirizada, Sulclean, até 2015. Nesse mesmo ano, ela passou no concurso e se tornou Técnico Administrativa da UFSM, ocupando cargo na coordenação do curso de odontologia, no setor de esterilização de materiais, onde está até hoje.
A TAE conta suas dificuldades no período de transição de Sulclean para concursada e como utilizou-se do tempo que tinha disponível para se dedicar aos estudos.
“Com a longa jornada de trabalho que era exigida, não sobrava tempo pra isso. Então eu optei por pedir pra ser demitida e aproveitar esse tempo pra investir em estudar. Me desliguei da Sulclean em fevereiro, fiz a prova em julho e fui nomeada em novembro do mesmo ano”, relata.
Sua relação com o sindicato foi fortalecida no período da greve de 2024 onde participou de diversas atividades como as assembléias e reuniões do Comando Local. Ela diz que esse momento foi importante para sua conscientização da necessidade de como os TAEs precisam lutar pelos seus direitos e melhoria das condições de trabalho.
Como mulher negra, reconhece a importância de outras mulheres negras ocuparem espaços na Universidade e no sindicato: “acho importante que tenhamos uma maior participação de mulheres negras em todos os seguimentos da UFSM, e fico feliz que no sindicato isso está sendo levado em consideração e o exemplo tem sido dado”, comenta.