Na tarde de dessa terça-feira (18), centenas de estudantes e trabalhadores(as) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) lotaram a Praça Saldanha Marinho no centro da cidade, em defesa da educação e da ciência e contra o governo Bolsonaro. O movimento foi puxado pelo Diretório Central dos e das Estudantes (DCE-UFSM) e teve apoio da Assufsm, Sedufsm, Atens, Sinasefe e APG. O ato iniciou com uma concentração às 16h e em seguida, o grupo saiu em caminhada nas ruas da cidade, findando em frente ao Casa do Estudante Universitário (CEU I), na Rua Professor Braga.
Os e as estudantes, em suas palavras de ordem e cartazes, reinvindicavam por valorização do ensino público e demonstravam contrariedade aos cortes orçamentários que as universidades e instituições federais vêm sofrendo gradativamente. O movimento relembrou o chamado Tsunami da Educação, manifestações ocorridas em 2019, quando o presidente Jair Bolsonaro implementou os primeiros cortes nessa área em sua gestão.
Além da precarização da educação, outros problemas que afetam o país foram lembrados através de palavras de ordem como “o arroz tá caro, o feijão tá caro, traz de volta o Lula e manda embora o Bolsonaro”.
Dessa vez, a “onda” começou a se formar frente ao anúncio do Decreto 11.216 em 30.09.2022 publicado pelo Governo Federal que previa cortes no Ministério da Educação somando R$ 2,4 bilhões, e sobre os impactos que esse novo contingenciamento causaria na instituição. Mesmo com o anúncio do ministro da Educação, Victor Godoy, sobre o desbloqueio de recursos para universidades e instituições federais, a informação até o momento não foi confirmada pelo Ministério da Economia.
O coordenador geral do DCE Luiz Boneti avalia o resultado do Ato como consequência de uma grande mobilização, fazendo assembleias nos cursos e na Assembleia Geral. “O que vimos foram mais de cem cidades mobilizadas, mais de um milhão de estudantes indo às ruas e, aqui em Santa Maria não foi diferente. Conseguimos retomar os atos na cidade com mais de duas mil pessoas na rua denunciando esses ataques constantes e dizendo que queremos um Brasil onde a Educação volte a ser prioridade, que não seja vista como gasto e sim como investimento. Ficamos muito felizes que conseguimos fazer essa contrução a nivel nacional e também aqui em Santa Maria, junto às entidades representativas das categorias”, comenta o estudante.
Representando a Assufsm, a Coordenadora Geral Loiva Chansis esteve presente no ato. Em sua fala, Loiva defende a classe trabalhadora e diz que é necessário continuar com a luta, independente dos e das governantes.
O Coordenador de Formação Político e Sindical da Assufsm, Eloiz Cristino, também esteve presente e reafirmou que o momento é de união na luta, junto de todos e todas representantes da UFSM e do serviço público.