A bancada sindical, composta pelas principais centrais e entidades sindicais, emitiu uma nota pública mostrando sua indignação pela falta de proposta de reajuste do Governo e falta de prioridade para pautas não remuneratórias.
Veja a nota na integra:
NOTA À IMPRENSA
Bancada Sindical vê com indignação a falta de proposta de reajuste do Governo e falta de
prioridade para pautas não remuneratórias
A Bancada Sindical, representando os (as) trabalhadores (as) de diferentes setores do
serviço público federal, torna pública sua indignação frente à proposta apresentada pelo
governo durante a 4ª Rodada da Mesa Nacional de Negociação. A proposta em questão não
prevê índice de reajuste salarial em 2024, uma vez que o Ministério da Gestão e Inovação
informou que foi feita uma reserva no orçamento federal de 2024, de R$1,5 bilhão de reais, para
tratar de questões relativas aos(às) servidores(as) públicos federais. Assim, no conjunto dos
gastos, se houver recomposição, esta será inferior a 1%!
A Bancada ressalta que este valor é considerado insuficiente para suprir a demanda de
recomposição salarial necessária para cobrir as perdas inflacionárias enfrentadas pelo
funcionalismo público. Em um cenário em que os(as) servidores(as) públicos federais, durante a
última década, sofreram perdas salariais agudas, é imperativo que os reajustes recomponham
os salários, para que o serviço público seja atrativo para os(as) trabalhadores(as).
Além disso, a Bancada expressa sua preocupação quanto à falta de prioridade dada às
pautas não remuneratórias e, em particular, a ausência de qualquer manifestação a respeito da
revogação do Decreto 10.620/2021. Essa legislação, que versa sobre a criação da unidade
gestora previdenciária, é uma questão que afeta diretamente os interesses dos
trabalhadores(as) e merece a devida atenção do governo.
A Bancada Sindical reconhece a relevância da Mesa Permanente na manutenção do
diálogo entre os trabalhadores públicos e o governo, mas exige que as respostas do MGI às
propostas feitas na mesa sejam feitas de maneira mais objetiva. A valorização dos(as)
servidores(as) públicos e a atenção às suas demandas são essenciais para um serviço público de
qualidade e uma sociedade mais justa. No entanto, os dirigentes sindicais compartilham sua
indignação diante da proposta de reajuste e da desconsideração das pautas não remuneratórias.
Ao final da reunião, os representantes sindicais decidiram convocar uma plenária
nacional dos servidores públicos para discutir um calendário de mobilização, inclusive com
possibilidade de greve.
Está na hora de irmos para as ruas pressionar, cobrar parlamentares e denunciar à
sociedade em geral. Se preciso for, iremos construir a greve geral do funcionalismo público
federal e resgatar a dignidade.
Na luta sempre, em defesa do trabalhador do serviço público!
Brasília, 29 de agosto de 2023
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