Categorias da UFSM lançam campanha pela paridade nas eleições à Reitoria

Iniciou oficialmente nesta semana a campanha pela paridade nas eleições à Reitoria da UFSM. A iniciativa reúne as entidades representativas das três categorias da comunidade universitária — docentes, técnico-administrativos e estudantes — que defendem a adoção de um modelo eleitoral com pesos iguais para todos os segmentos. A mobilização ocorre em um ano de escolha da nova gestão da universidade. O Conselho Universitário (Consu) da UFSM deve, em breve, definir o formato da eleição para a Reitoria. A previsão inicial é de que a decisão aconteça na reunião do Consu desta sexta-feira, 11 de abril.

Atualmente, a UFSM adota o sistema de consulta à comunidade com peso de 70% para votos de docentes e 30% para a soma dos votos de técnicos e estudantes. O resultado dessa consulta é, posteriormente, encaminhado ao Ministério da Educação (MEC) após deliberação dos conselhos superiores. A proposta da campanha é alterar essa lógica, adotando a proporção igualitária de 33% para cada uma das três categorias, prática já implementada em 75% das universidades federais do país.

Em 2021, em um cenário de autoritarismo federal e intervenção nas instituições de ensino, a UFSM adotou um processo criticado por sua falta de democracia: uma “pesquisa de opinião” com a comunidade foi posteriormente referendada pelos conselhos superiores, ignorando o princípio da paridade entre as categorias. Agora, entidades representativas servidoras, servidores e estudantes defendem a retomada de um modelo realmente democrático, que garanta igualdade de peso entre os votos das três categorias – prática já adotada por 75% das universidades federais e que, por mais de duas décadas, também foi realidade na UFSM.

Com a campanha, as categorias defendem que a universidade retome seu compromisso histórico com a participação democrática e plural. Para os sindicatos, garantir pesos iguais entre docentes, técnicos e estudantes é fundamental para fortalecer a autonomia universitária e assegurar a legitimidade do processo eleitoral.

Confira, abaixo, a nota de lançamento da campanha pela paridade assinada pela Sedufsm, Assufsm, Sinasefe e ATENS:

 

POR UMA UFSM MAIS DEMOCRÁTICA!

Se defendemos autonomia universitária, precisamos defender democracia. Não há democracia, de fato, quando os votos têm pesos diferentes. Se votamos de forma direta e com o mesmo valor para o Legislativo e para o Executivo, por que não fazer o mesmo dentro da Universidade? Por que o peso de uma categoria vale mais?

QUEREMOS QUE A ELEIÇÃO À REITORIA DA UFSM SEJA PARITÁRIA!

Dia 11, o Conselho Universitário (CONSU) irá discutir o regimento eleitoral. Que a UFSM se una a mais de 75% das Universidade Federais e adote a forma paritária, dando o mesmo valor para os votos de estudantes, técnicos/as e docentes.

DEMOCRACIA JÁ! GESTÃO ELEITA PELA MAIORIA É GESTÃO EMPOSSADA!

 

Texto: Nathália Costa/Assessoria de Imprensa da Sedufsm

Imagem: Italo de Paula/Assessoria de Imprensa da Sedufsm

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