Entidades afirmam: Dinheiro tem e a legislação permite, a luta é por negociação e reposição salarial justa

Durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deu mais uma declaração que dá pistas sobre a intenção do governo para o conjunto do funcionalismo. Sem abrir um canal efetivo de negociações, uma das reivindicações urgentes dos representantes do conjuntos dos servidores federais, Guedes falou a jornalistas que “até 5%” seria possível “repor o funcionalismo”

Pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) o governo tem até o final de junho para tomar uma decisão a respeito de uma proposta de reajuste aos servidores. A maioria do funcionalismo, com salários congelados há mais de 5 anos, e perdas acumuladas que podem superar 40%, reivindica uma reposição salarial emergencial de 19,99%. O percentual se refere a perdas sofridas nos três anos de governo Bolsonaro até janeiro, pois considerando os últimos meses essa marca já atinge quase os 30%. 

E por falar em 30%, esse foi praticamente o ganho real (29,6%) conquistado por militares nos últimos dez anos, já descontada a inflação entre 2012 e 2022. O percentual é resultado de um levantamento do Centro de Liderança Pública (CLP), divulgado pelo Estadão. Pela LRF, inclusive, a Auditoria Cidadã da Dívida aponta que o reajuste dos servidores federais poderia chegar a 76% e a partir de janeiro de 2022 e não julho deste ano como o governo vem sinalizando.

Só a luta garante

Somente a pressão dos servidores será capaz de fazer com que o governo conceda a recomposição salarial emergencial pleiteada pelo funcionalismo. Dinheiro tem e a legislação permite, mas o prazo é curto. Por isso, a participação do maior número de servidores(as) nas mobilizações propostas pelos sindicatos é imprescindível para demonstrar ao governo a nossa disposição de luta.

Foto e Texto: Condsef/Fenadsef

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