GT Mulheres Trabalhadoras da Assufsm repudia cultura de estupro na UFSM

Na manhã desta quarta-feira (27), o GT Mulheres Trabalhadoras da Assufsm se reuniu na sala 2173, do prédio 74A, para debater casos de assédio sexual na UFSM e outras pautas das mulheres técnico-administrativas em educação. Durante a reunião foi enfatizada a importância da UFSM não se calar diante do machismo na instituição.

Apesar da reunião ser do grupo de trabalho da Assufsm foram convidadas a participar também estudantes e docentes, por isso, a prioridade de discussão foi da pauta contra os assédios sexuais recorrentes que vem acontecendo na UFSM. Na sexta-feira (22), a Comissão de Política e Igualdade de Gênero da UFSM construiu uma nota de repúdio à Instituição com relação a ineficiência na responsabilização dos agressores de assédios sexuais e outras violências contra as mulheres na UFSM. Após a leitura do documento de repúdio foi aberto um momento para destaques e reformulações.

As mulheres presentes ressaltaram a importância de cobrar da Administração uma atitude mais efetiva nos casos que vem ocorrendo dentro da instituição. Apesar de ter uma jurisdição limitada, a UFSM tem condições de ser mais participativa na cobrança de que esses agressores sejam identificados e punidos, uma vez que existe legislação, em âmbito federal que criminaliza o estupro como crime hediondo. Atualmente, a pena no Brasil é de 06 a 10 anos de reclusão do criminoso, aumentando para 8 a 12 anos se há lesão corporal da vítima ou se a vítima possui entre 14 e 18 anos; e pena de 12 a 30 anos se a conduta resultar em morte.

O encontro do GT tinha como pontos de pauta, além da análise de conjuntura e informes gerais, temas específicos como a política de igualdade e gênero na UFSM; as denúncias de assédios sexuais na instituição; creche para filhas e filhos de técnico-administrativos (as) em educação; machismo no ambiente de trabalho e na política; legalização do Aborto na Argentina e situação no Brasil e UFSM e a construção e planejamento do I Encontro de mulheres TAEs nas Instituições de Ensino Superior e Tecnológico da região sul (em conjunto com a FURG; UFPEL; UFRGS).

Como encaminhamentos de luta e resistência foi proposto atos na UFSM; a reativação do Coletivo de Mulheres da Universidade para contemplar as demandas de todas as mulheres da UFSM e o protocolamento de uma nota de repúdio e cobrança à Administração.

Durante o encontro não foi possível, por questão de tempo, discutir as demais pautas programadas. Dessa forma, ficou acordado o agendamento de uma nova reunião na próxima semana para a continuidade do debate. Tão logo seja agendada será divulgada pelas redes sociais e programa de rádio da Assufsm.

Informes locais

Na reunião também foram repassadas atualizações sobre as últimas atividades com temática de gênero na cidade:

+ Comissão de Política e Igualdade de Gênero na UFSM se reúne todas as sextas-feiras, às 14h, na Pró-Reitoria de Extensão (9º andar). Convite para que cada vez mais mulheres participem da construção de uma resolução de uma política efetiva de igualdade de gênero na universidade;

+ I Encontro de Técnico-administrativas em educação das Instituições de Ensino Superior e Tecnológico da Região Sul que acontecerá em Pelotas nos dias 26, 27 e 28 de julho, com organização da Universidade Federal de Pelotas e da Universidade Federal de Rio Grande;

+ Na sexta-feira (22), as mulheres do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFSM realizaram uma marcha pela legalização do aborto, no centro de Santa Maria que reuniu cerca de 300 meninas e mulheres, segundo o DCE. Na oportunidade aconteceram intervenções culturais e cirandas temáticas.

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