Outubro Rosa: lições de vida aliadas à rapidez do tratamento

O mês de outubro em Santa Maria sempre conta com uma programação extensa. Em 2019, palestras, oficinas, exposições e acendimento de luzes rosas em prédios públicos marcaram o mês. A assessoria de comunicação da Assufsm conversou com mulheres que travaram essa batalha desde meados de 2007 e que aceitaram compartilhar suas histórias, angústias e lutas contra a doença.

A aposentada Cleusa Sulcis diz que encontrou na família o apoio necessário desde que descobriu o câncer, em 2011. Ela conta que sempre realizou a mamografia e o autoexame. Mas foi quando estava em viagem que notou algo diferente em sua mama. Ela realizou então todos os procedimentos, mas foi só no segundo exame que a confirmação do câncer chegou.

“Nesse dia meu mundo caiu. Quando existe uma doença na família, todos adoecem junto. Na época, nos apegamos em Deus, tivemos ele como guia e dia após dia, estamos vencendo as batalhas que essa doença nos mostra, não deixando de lado a alegria de viver”, desabafa ela.

Conforme Cleusa, depois de ter o câncer de mama, ela conta que aprendeu a ter mais paciência, a valorizar as pequenas ações das pessoas e do mundo e também a se cuidar.

“O câncer chegou em um momento em minha vida muito agitado. Tomei como um aviso, em que Ele me recomendava parar e cuidar mais de mim e de minha família”, finaliza.

A técnico-administrativa em educação Loiva Chansis também enfrentou a luta contra o câncer de mama no final de 2007, quando coordenava a Assufsm e também participava da coordenação da Fasubra. Ela conta que, mesmo nas quimioterapias, nunca parou a militância e encarrega a isso o sucesso do tratamento.

“Sempre realizei o autoexame e, desde os 36 anos de idade, já fazia a mamografia. Quando descobri o câncer, eu estava em final de greve, em setembro de 2007, em um período bem agitado da vida profissional. Além disso, estava fazendo tratamento para ser mãe. Levou semanas para que viesse a confirmação do câncer, e durante esse processo a angustia foi muito grande. Mas no dia 20 de outubro de 2007 eu entrei para a cirurgia”, emociona-se ela.

O tratamento para ser mãe foi interrompido e Loiva, junto do marido, decidiram ingressar no processo de adoção. 

Tabu

Loiva também afirma que a rapidez com que foi atendida no SUS – Sistema Único de Saúde – foi o que fez com que ela se curasse e hoje só faz exames de acompanhamento.

“É essa agilidade que salva tantas mulheres. O câncer não pode esperar para ser tratado. Não demorar em filas e ser atendida rápido é crucial para que consigamos ter êxito no tratamento”, reforça Loiva.

Cleusa também afirma que o câncer não escolhe sexo, raça, etnia, classe social ou profissão. Por isso o SUS é muito importante nesse processo. Ele é quem faz todo o atendimento de saúde pública, desde o primário/básico, até os mais complexos proporcionando acesso universal a população brasileira. 

Palavra da especialista

Taís Foletto é enfermeira e também técnica de enfermagem. Ela já está do HUSM há 3 anos e ingressou como técnica de enfermagem do serviço de emergência universitário. Há 2 meses está lotada no departamento de saúde coletiva da PRAE. Taís também conversou com a gente sobre cuidados e prevenções no câncer de mama. Conforme ela, o autoexame já pode e deve ser feito após a primeira menstruação da mulher, quando a mama ainda não está com nenhuma anormalidade. A realização do toque é importante para que a mulher possa conhecer o próprio corpo e, assim que detectar algo de diferente, busque logo o tratamento médico.

Além disso, a mulher deve ter o cuidado com o aparecimento dos outros sintomas do câncer, tais como: vermelhidão na região da mama; dor; inchaço; sensação de calor; secreção que saia dos mamilos sem apertá-los; ver uma assimetria, com tamanho muito variado, das mamas em um processo mais rápido do que o normal (visto que as mamas são assimétricas, mas com tamanho pouco variado). Com esses sintomas, a mulher ou homem, devem procurar ajuda médica o mais rápido possível.

Após a descoberta do câncer, o profissional de saúde, junto do paciente, vai avaliar o melhor tratamento. Os mais utilizados, hoje, são a mastectomia, a radioterapia e a quimioterapia. Mesmo que o diagnostico seja precoce, o estilo de tratamento será determinado pelas condições da paciente. Mas descobrir cedo o câncer de mama, eleva as chances de cura, por isso o autoexame é tão importante.

Foto: Alexandre Martins / divulgação Casa de Saúde de Santa Maria

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