Com participação de centenas de representantes da categoria, a plenária nacional dos empregados da Ebserh da base da Condsef/Fenadsef, realizada na última terça-feira, 6, pela plataforma Zoom, teve como resultado a aprovação de paralisação nacional a partir do dia 21 de setembro em luta para que os ACT´s de 2021/2022 e 2022/2023 sejam firmados.
Nas próximas semanas, assembleias nos estados devem ser realizadas para ratificar o resultado da plenária nacional. A Comissão Nacional de Mobilização dos Trabalhadores (as) da Ebserh já realiza uma reunião nessa quinta, 8, com o objetivo de organizar as próximas etapas preparatórias do movimento paredista. Outro passo é buscar a unidade da greve com as demais entidades nacionais que compõem as negociações na mesa dos acordos coletivos de trabalho da Ebserh.
Plenária nacional da base dos empregados da Ebserh na Condsef/Fenadsef. Por maioria absoluta, categoria aprovou greve a partir do dia 21 (Reprodução/Zoom)
A assessoria jurídica da Condsef/Fenadsef segue tentando uma audiência com a ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Delaide Arantes. A intenção é buscar celeridade do julgamento do dissídio de greve em petição feita pelas entidades sindicais no último dia 29 de julho.
No processo que envolve a tentativa de firmar acordo com a direção da Ebserh os trabalhadores têm enfrentado ameaças de retirada de direitos, desmonte e desrespeito por parte do governo Bolsonaro. Há entre a maioria dos empregados um sentimento de desrespeito e desvalorização por parte da direção da empresa.
“O que a categoria como toda classe trabalhadora quer é o devido reconhecimento e ser tratada com dignidade”, pontuou Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-gera da Condsef/Fenadsef. Os trabalhadores são essenciais para o povo, mas invisíveis para o governo.
Luta pelo piso salarial da enfermagem
A plenária aprovou ainda que a Condsef/Fenadsef e seus sindicatos filiados atuem na luta para reverter a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Roberto Barroso, que de forma monocrática suspendeu a implementação do piso salarial dos trabalhadores e trabalhadoras da enfermagem.
Enfermeiros(as) de todo o Brasil debatem, inclusive, a possibilidade de fazer greve geral contra decisão do STF de suspender o piso salarial da categoria. A decisão repercutiu em diversas instâncias.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco marcou uma reunião com Barroso com objetivo de contornar a situação. Para Pacheco, não resta dúvida de que o real desejo dos Três Poderes é “fazer valer a lei federal e, ao mesmo tempo, preservar o equilíbrio financeiro do sistema de saúde e entes federados. Com diálogo, respeito e inteligência, daremos rápida solução a isso”, disse.
HUSM
Em contato com a Gerência de Atenção à Saúde (GAS) do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), na manhã de sexta-feira (09), a Secretaria do GAS informou que não recebeu nenhum comunicado de greve de chefias da enfermagem, não sabendo informar, até o fechamento dessa matéria, se empregados e empregadas da Ebserh irão aderir a greve.
Texto com informações de Condsef/Fenadsef
Foto: Reprodução/DR