Coordenador do grupo de trabalho da Câmara dos Deputados sobre a reforma administrativa, o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ) afirmou que a pauta deve ser prioridade do Congresso.
“A reforma administrativa do estado brasileiro é como se fosse o marco regulatório do funcionamento do Estado. No Congresso nós já aprovamos o marco regulatório do saneamento, da energia, mas ainda não fomos capazes de discutir como o Estado brasileiro pode funcionar melhor para as pessoas e para o setor produtivo”, disse nesta quarta-feira (11/6) durante a abertura da segunda edição do Brasília Summit.
O encontro reúne empresários e parlamentares para debater temas ligados ao agronegócio e ao setor imobiliário. O evento, promovido pelo grupo Lide em parceria com o Correio Braziliense, abre um diálogo para a construção de oportunidades para o futuro do Brasil.
O deputado mencionou as reformas trabalhista, da previdência e tributária, que também eram consideradas de difícil aprovação. “Quantas e quantas pessoas falavam ‘isso não vai acontecer, isso é um sonho’, mas elas aconteceram. E elas aconteceram fundamentalmente porque houve liderança política e vontade política, patrocínio dos presidentes da Casa, o presidente da Câmara”, destacou.
Ele reforçou que conta com o apoio do atual presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). “Assim será, sem dúvida nenhuma, com patrocínio, a vontade, a prioridade e a força política do presidente Hugo Motta, que está absolutamente determinado a aprovar essa reforma no Brasil.”
Pacote fiscal
Pedro Paulo afirmou, ainda, que o Congresso seguirá firme na posição de não aceitar um aumento de impostos e enfatizou a necessidade de o governo rever os gastos públicos. A declaração foi dada em meio a tentativa do Executivo de encaminhar um novo pacote fiscal ao Legislativo, como alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
“Eu tenho absoluta convicção da firme posição do Congresso Nacional de não ter aumento de impostos e de enfrentar a questão da despesa pública, porque o Brasil vai bem em determinadas áreas, mas não vai bem nas suas contas”, disse.
“Nós precisamos enfrentar esse debate sem medo de desgaste político com coragem, porque nós precisamos fazer o Brasil ir adiante, reduzir a taxa de juros começa com disciplina fiscal. E é isso que tem pautado os debates”, finalizou o deputado.