Iniciou-se no dia 21 de agosto e vai até dia 28, a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, que, neste ano, tem como tema “Conectar e somar para construir inclusão”. A iniciativa é desenvolvida pela Federação Nacional das Apaes (Fenapaes) desde 1963, e foi introduzida no calendário nacional pela Lei nº 13.585/2017.
A organização destaca que o tema de 2023 visa mostrar à população que, diante da força da Era da Informação e dos impactos que ela causa, a conexão – por meio da comunicação interpessoal e digital – é uma ferramenta capaz de ampliar horizontes e perspectivas, permitindo, consequentemente, a união de esforços em torno de uma corrente: a construção da inclusão. De acordo com a entidade, “a conexão proporciona às pessoas com deficiência e suas famílias ter melhor conhecimento de seus direitos, além de disponibilizar formas acessíveis de se comunicar com a sociedade como um todo, a exemplo dos inúmeros canais de comunicação digital: redes sociais, podcasts, lives, blogs, sites, aplicativos de mensagens instantâneas, entre outros. Essas ações de se conectar e comunicar são elementares no sentido de agregar e somar forças, para que, assim, o paradigma de impedimento social, ainda presente em pleno século XXI, seja descontruído e erradicado”.
A Apae Brasil vem apresentando, desde maio deste ano, materiais acerca da campanha, a exemplo de ações, conteúdos e informações promovidas pela Rede Apae que têm colaborado de maneira firme para a construção uníssona da inclusão das pessoas com deficiência – desde a primeira infância até a terceira idade – nos espaços sociais.
“A Fenapaes acredita que, a partir dos trabalhos feitos pelo movimento apaeano, firmados na dedicação e na versatilidade das conexões, teremos a oportunidade de provocar na sociedade a necessidade de se integrar, de maneira responsável, em benefício das causas das pessoas com deficiência, dando-lhes vez e voz e mostrando a importância da inclusão para o desenvolvimento do país. Afinal, a sociedade é de todos para todos”, enfatiza a entidade.
Segundo dados do IBGE do censo realizado em 2022, o Brasil tem 18,6 milhões de pessoas com deficiência, cerca de 8,9% da população. Os maiores percentuais foram entre mulheres, pessoas autodeclaradas pretas e na região Nordeste. Além disso, a população com deficiência tem menor acesso à educação, trabalho e renda.
De acordo ainda com o IBGE, os principais tipos de deficiência entre a população brasileira são as motoras, visuais e de cognição:
- 3,4% da população têm dificuldade para andar ou subir degraus;
- 3,1% da população têm dificuldade para enxergar, mesmo usando óculos ou lentes de contato;
- 2,6% da população têm dificuldade para aprender, lembrar-se das coisas ou se concentrar;
- 2,3% da população têm dificuldade para levantar uma garrafa com dois litros de água da cintura até a altura dos olhos;
- 1,4% da população tem dificuldade para pegar objetos pequenos ou abrir e fechar recipientes;
- 1,2% da população tem dificuldade para ouvir, mesmo usando aparelhos auditivos;
- 1,2% da população tem dificuldade para realizar cuidados pessoais;
- 1,1% da população tem dificuldade de se comunicar, para compreender e ser compreendido.
Respeitar os direitos das pessoas com deficiência é um dever de todos os cidadãos e se livrar do preconceito é fundamental na construção de uma sociedade justa.
Fonte: Apae – Conteúdo (apaebrasil.org.br) / IBGE | Portal do IBGE | IBGE