A Condsef/Fenadsef participa nas próximas semanas de uma agenda que vai debater e definir uma pauta unificada e prioritária que assegure a retomada de políticas e o resgate dos serviços públicos brasileiros. Nessa sexta-feira, 11, a Confederação participa de reunião do Fonasefe, fórum que representa o conjunto de servidores dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). O objetivo é construir um documento único que será entregue à equipe de transição do governo Lula. As entidades vão registrar um raio-x da situação atual de desmonte promovida e aprofundada nos últimos quatro anos. O levantamento tem como objetivo ajudar a pensar caminhos e saídas para o futuro dos serviços públicos garantidos pela Constituição Federal.
A agenda da Condsef/Fenadsef tem ainda reunião na sexta que discute detalhes do acórdão publicado que garante 11% de reajuste com retroativos a partir de março desse ano a empregados e empregadas da Ebserh. Na quinta e sexta da próxima semana a Confederação realiza encontro presencial do seu Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) onde deve também estabelecer ações prioritárias para os próximos meses. A atenção inclui acompanhar as movimentações em torno da PEC 32/20, da reforma Administrativa de Bolsonaro-Guedes.
É prioridade seguir lutando para que a proposta de reforma Administrativa não seja colocada em pauta de votação no Congresso Nacional. Além de buscar o arquivamento da PEC 32, servidores querem discutir a revogação do Teto de Gastos (EC 95/16) que impede investimentos públicos no Brasil e vem gerando retrocesso e impactos negativos nos direitos da população.
“Os servidores estão com olhar para o futuro. Queremos o resgate dos serviços públicos com retomada de negociações e a recuperação do que foi destruído com decisões monocráticas do atual governo que vai chegar ao fim esse ano”, pontuou o secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva. O “revogaço” e a “desmilitarização” já sinalizados pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, são considerados fundamentais nesse processo de reestruturação do setor público.
“Queremos e vamos seguir lutando por mais concursos, mais investimentos públicos e valorização dos servidores. Nesse contexto vamos pautar também a necessidade de uma reposição emergencial para o funcionalismo, a maioria há mais de seis anos com salários congelados”, reforçou Sérgio. Vale lembrar que só no período de governo Bolsonaro, único nos últimos vinte anos a não conceder qualquer percentual de reposição aos servidores, as perdas acumuladas vão superar os 32%.
Fonte: Condsef/Fenadsef