Servidores(as) Federais anunciam paralisação em janeiro e Greve Geral em fevereiro por reajuste salarial

Começa nessa sexta-feira, 7, uma rodada de reuniões de servidores(as) públicos(as) para discutir a situação da categoria em 2022. Além da PEC 32, a reforma Administrativa, que segue ameaçando o setor público e precisa ser derrotada no Congresso Nacional, servidores(as) se movimentam em torno de uma possível greve geral. Com salários congelados há 5 anos, a maioria dos servidores(as) do Executivo Federal protesta frente ao reajuste anunciado pelo governo Bolsonaro apenas para beneficiar carreiras da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

No dia 20, a partir das 9 horas, a Condsef/Fenadsef, que representa a maioria dos federais, realiza uma Plenária Nacional, segunda maior instância deliberativa da entidade, que pode deliberar sobre a greve geral da base. No dia 14 a entidade participa da reunião do Fonasefe que além da greve geral do funcionalismo também organiza um Dia Nacional de Luta e paralisação para o próximo dia 18 (veja o calendário abaixo).

“Discutir a administração público como um todo”

O secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva, representando o Fonasefe, argumenta que a categoria quer tratar não apenas de recomposição salarial e da perda do poder de compra do funcionalismo (com o IPCA registrando alta de 10,74% no acumulado em 12 meses até novembro), mas de uma necessária reestruturação do setor público, “não como a reforma administrativa que prevê a destruição do serviço público”.

“Nós queremos discutir a administração pública como um todo”, aponta Sérgio. “A gente quer que faça concurso público, pra recompor a força de trabalho, quer que melhorem os recursos pra ciência, pra educação, pras políticas de saúde, entre outras coisas”.

É inegável que o congelamento salarial que corroeu o poder de compra da categoria nos últimos anos é um fator preocupante. De acordo com levantamento do Dieese, as perdas salariais da maioria do Executivo podem ultrapassar 40% a depender da categoria a exemplo de servidores do PGPE (Plano Geral Poder Executivo) e CPST (Carreira da Previdência, Saúde e Trabalho). Nessas duas carreiras se concentram a maioria dos e das servidoras federais ativas, aposentadas e pensionistas.

Confira o calendário de reuniões e lutas, programado pelas entidades: (atividades remotas serão através do Zoom)

Dia 7 | Reunião 3 esferas às 16h

Dia 10 | Reunião Direção Nacional às 9h

Dia 11 | Reunião Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) às 9h

Dia 14 | Reunião Fonasefe a partir das 8h

Dia 18 | Dia Nacional de Lutas/Dia de Paralisação Nacional

Dia 20 | Plenária Nacional da Condsef/Fenadsef a partir das 9h que pode deliberar greve geral

Dia 26 a 30 | FSM Porto Alegre (com atividades presenciais e virtuais)

 

Texto com informações da Rede Brasil Atual e da Condsef/Fenadsef
Foto: site Reforma Administrativa/Fonasefe

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