No dia 14 de setembro, a UFSM sedia, pela primeira vez, o Festival Paralímpico. Promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, o evento ocorre em 98 locais do Brasil – um deles é Santa Maria. A organização local está a cargo do NAEEFA (Núcleo de Apoio e Estudos da Educação Física Adaptada) e do Centro de Educação Física e Desportos.
Em entrevista à Assessoria de Imprensa da Sedufsm, a professora do departamento de Métodos e Técnicas Desportivas (CEFD-UFSM) e líder do Grupo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Atividade Motora Adaptada, Luciana Palma Viana , explica que o objetivo do festival é divulgar as modalidades paralímpicas para crianças e adolescentes com deficiência, oportunizando que eles e elas vivenciem as diferentes possibilidades que o esporte apresenta.
A escolha das modalidades ficou a critério de cada núcleo – que poderia, ao todo, escolher três.
“Então, o objetivo maior é oportunizar, proporcionar a vivência em algumas modalidades paralímpicas. Também a meta, nesta vivência, é promover a inclusão social, reconhecer a diversidade humana porque não teremos apenas pessoas com deficiência que participarão e vão interagir. São três modalidades – basquete em cadeira de rodas; voleibol sentado e atletismo – são modalidades que o NAEEFA já desenvolve através de projetos de extensão dentro do CEFD e nas instituições parceiras (instituições especiais de ensino)”, conta Luciane.
Ela comenta que, na UFSM, o festival ocorrerá nos ginásios didáticos (01 e 02) e na pista de atletismo – locais que possuem acessibilidade para receber as e os participantes.
*Ginásio 01
*Ginásio 02
Desafios
Dentre os principais desafios encontrados para que a UFSM promovesse um evento desse porte está a mobilização de crianças, adolescentes e demais pessoas com deficiência. Está estipulada a participação de 150 pessoas.
“Portanto, mobilizar, motivar crianças e adolescentes para estarem, neste dia 24 de setembro, participando dessas modalidades. Podem participar de todas (das 3), não precisa escolher. Elas acontecerão de forma simultânea e faremos um rodízio dos participantes em cada modalidade. A ideia é proporcionar a experimentação”, acrescenta Luciana.
*Professora Luciana Palma
A importância do evento para a UFSM
Ao ser questionada sobre a importância de a UFSM sediar o Festival Paralímpico, Luciane elenca uma série de questões. A primeira diz respeito à carga formativa, acadêmica e profissional, propiciada pelo evento – sobretudo na área da Educação Física.
“Sediar esse evento na região central do RS e através da UFSM é de um ganho, e de um reconhecimento, muito importante. É colocar a universidade no cenário paralímpico brasileiro como uma instituição reconhecida nessa área também. E para a região central do estado também é muito importante, principalmente porque para a UFSM esse evento vai estar traduzindo o tripé que sustenta a universidade – ensino, pesquisa e a extensão. No momento em que estiver ocorrendo o festival, veremos essa tríade na prática”, perspectiva a docente.
O NAEFA completou, em 2022, 28 anos de existência, período no qual promoveu diferentes projetos e esportes adaptados às pessoas com deficiência. Ser parte da organização do Festival agora simboliza um reconhecimento deste trabalho em nível nacional. “Isso coloca o CEFD e o NAEFA em específico como uma importante referência em nível nacional”, complementa Luciana.
Além disso, a realização do evento também representa a realização prática de atividades esportivas e lúdicas que garantam a inclusão social e a diversidade humana.
Como se inscrever?
As inscrições para o Festival Paralímpico ainda estão abertas e podem ser realizadas de duas formas:
1 – Até o dia 10 de setembro, a inscrição e cadastro ocorre junto ao Comitê Paralímpico Brasileiro;
2 – Posteriormente a esta data, as inscrições devem ser feitas através do e-mail do NAEFA- naeefa.cefd@gmail.com ou luepalma@yahoo.com.br
Quem pode participar?
O foco principal são crianças e adolescentes com deficiência. Mas todas as pessoas com deficiência podem se inscrever e serão muito bem-vindas.
*Pista de Atletismo da UFSM
Texto: Bruna Homrich
Imagens: UFSM e Luciana Palma